Cinco policiais militares foram autuados em flagrante pelo homicídio do adolescente Carlos Eduardo Rebouças Barros, de 17 anos, morto na manhã dessa quarta-feira (1), em Pedro Canário, Norte do Espírito Santo.
A informação foi confirmada pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus. São dois cabos e três soldados. No entanto, ele não informou os nomes dos envolvidos ou qual o policial disparou contra o rapaz.
De acordo com o Caus, assim que soube das imagens - que mostram um policial atirando no adolescente - o comandante do 13° Batalhão da PM, que fica em São Mateus, solicitou que um supervisor de área buscasse os militares para que fossem prestados esclarecimentos. As armas dos agentes também foram apreendidas.
Um boletim de ocorrência obtido por A Gazeta descreve que, por conta da "suposta prática de crime no contexto da ocorrência", o policial militar que estava confeccionando o registro do homicídio do adolescente e apreensão de um jovem, de 22 anos, juntamente com outros colegas, foram conduzidos ao 13° Batalhão da PM, e, por conta disso, os materiais apreendidos foram adiados.
Durante a noite de quarta e madrugada desta quinta-feira (2), eles foram ouvidos por um oficial da PM, na presença dos seus advogados.
A todo tempo, os militares permaneceram em silêncio, preferindo não se manifestar. Após depoimentos, eles foram encaminhados ao quartel da PM, que fica em Maruípe, em Vitória, onde devem aguardar o andamento do processo.
Na tarde desta quinta-feira (2), eles passarão por uma audiência de custódia, onde, segundo o comandante-geral, um juiz militar poderá converter a prisão em flagrante para preventiva.
“Quando ele fizer isso, o caso vira um processo e todos os atos correlacionais serão encaminhados e norteados pela decisão do juiz auditor e solicitação de diligências posteriores que o Ministério Público solicitar”, explicou o comandante-geral.
Questionado se o caso será julgado na justiça militar ou comum, Caus respondeu que cabe a um juiz militar decidir.
Enquanto isso, eles seguem detidos no presídio do Quartel da PM e a corregedoria à disposição da Justiça Militar e Ministério Público Militar para audiências complementares que acharem cabíveis.
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