A Polícia Federal do Espírito Santo realizou, na tarde desta terça-feira (24) a prisão de um soldado da Polícia Militar suspeito de participação em um esquema de tráfico internacional de armas. De acordo com informações divulgadas pela PF, o policial seria quem comandava a logística de compra e transporte das armas no Paraguai para serem trazidas ao Espírito Santo.
A Polícia Federal informou ainda que o suspeito responderá pelos crimes de tráfico internacional de armas de fogo, cuja pena pode chegar a 16 anos de prisão, além de importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente, pena que varia de 8 a 16 anos de reclusão, além de multa.
Em nota, a Polícia Militar informou que a Corregedoria, após analisar as circunstâncias iniciais, adotará as medidas cabíveis ao caso, resguardando ao policial investigado, como de praxe e por força de Lei, o direito à ampla defesa e ao contraditório.
Segundo a Polícia Federal, a prisão do policial faz parte da operação Imprudente. Em setembro de 2019, um jovem de 21 anos foi preso em flagrante por tráfico internacional de armas, no município de Mimoso do Sul, durante uma operação conjunta entre as polícias Militar (PM) e Rodoviária Federal (PRF).
Com ele, foram apreendidas seis pistolas, munições, carregadores de pistolas e seletores de tiro, em um falso tanque de gasolina de uma moto.
Segundo a PF, as apurações iniciais indicavam que as armas de fabricação estrangeira tinham origem no Paraguai e eram destinadas a Cariacica. Assim, nas investigações posteriores, com o apoio da área de inteligência e Corregedoria da Polícia Militar, foram obtidas diversas provas de que o motociclista preso em setembro de 2019 era comandado pelo soldado da PM preso nesta terça-feira (24).
Também foi verificado que o provável destino das armas era o bairro de Graúna, no município de Cariacica, região com índice elevado de homicídios no ano de 2019.
Foi escolhido o nome de IMPRUDENTE para a operação policial porque o motociclista percorreu a distância entre Cariacica a Foz do Iguaçu/PR, bem como o seu retorno, em tempo bastante reduzido, atingindo velocidade sempre muito acima do permitido nas rodovias percorridas.
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