A Polícia Militar do Espírito Santo vai abrir um procedimento administrativo para apurar a entrada de um soldado no reality show A Grande Conquista, da Record. Fellipe Pedrosa Leal Villas chegou a pedir à corporação para entrar na atração, mas não foi autorizado.
A Grande Conquista é um programa produzido e exibido pela Record TV. A segunda temporada começou na última segunda-feira (22). Na primeira etapa, ao longo de 19 dias, 100 participantes, tanto anônimos como famosos, entram em uma vila. Por meio de provas, eles são divididos em três casas (laranja, azul e verde) e disputam as 20 vagas da segunda fase.
Mesmo com o pedido de entrada na atração indeferido pela Polícia Militar, o soldado entrou no reality. Ele foi escolhido para ficar na casa laranja e, já na estreia, se envolveu em uma discussão com outra participante sobre barulho no quarto em que dormia. Confira a briga abaixo.
Procurada por A Gazeta, a Polícia Militar explicou que Fellipe requisitou uma licença em março para participar do programa, no entanto, o pedido foi indeferido pelo comando-geral.
O militar faz parte da corporação desde novembro de 2014. Ele está de férias desde o dia 15 de abril e continua recebendo normalmente durante o período. O último salário foi debitado em março, com valor líquido de R$ 6.227,52.
Segundo a Polícia Militar, para ocorrer a perda de rendimentos ou do cargo, "o procedimento administrativo precisa passar pelo devido processo legal com ampla defesa e contraditório, isso em casos que o servidor responde processo demissionário, que ainda não se enquadra na situação do referido militar".
“Vale lembrar que o policial recebe normalmente os seus vencimentos, tendo em vista que está de férias. Antes da conclusão, o corte no salário só poderá acontecer por determinação judicial”, destaca a Polícia Militar.
Por entrar no programa sem autorização do comando-geral, Fellipe agora será alvo de um procedimento administrativo. A medida visa a analisar o fato de Fellipe desrespeitar a negativa do comando-geral e ainda não se refere à demissão ou expulsão dele dos quadros da corporação.
A reportagem de A Gazeta procurou a Associação das Praças da Polícia e Bombeiro Militares do Espírito Santo (Aspra-ES), em busca de um posicionamento sobre o processo aberto contra o soldado. A assessoria de imprensa de Fellipe também foi procurada. O texto será atualizado caso haja alguma manifestação.
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