A perícia indicou que o sangue encontrado em um carro apreendido pela polícia, durante as buscas aos três adolescentes desaparecidos em Sooretama, no Norte do Espírito Santo, é humano. A informação foi confirmada pelo delegado Eudson Ferreira, titular da Delegacia de Sooretama, ao repórter Tiago Félix, da TV Gazeta Norte, neste sábado (26).
Segundo Ferreira, familiares dos jovens Kauã Loureiro e Carlos Henrique Trajanos, ambos de 15 anos, e Wellington Simon, de 14, já coletaram sangue para a comparar com o material. O prazo para o resultado do exame é de até 30 dias, mas, por ser um caso de grande repercussão, a polícia vai tentar adiantar os testes.
A Polícia Civil recebeu a informação, por meio de uma denúncia anônima, de que os meninos foram transportados por um veículo até uma área de cafezal na zona rural de Sooretama. O automóvel foi encontrado e levado para a delegacia, onde passou por análise pericial na última quinta-feira (24). Objetos coletados durante as buscas também passam por exame do setor tecnocientífico da polícia.
Os adolescentes, amigos que moram no bairro Sayonara, saíram de casa de bicicleta no fim da tarde do último dia 18 de agosto e foram juntos até o bairro vizinho, Areal, para ver um corpo baleado. Desde então, Kauã, Carlos Henrique e Wellington não foram mais vistos.
Os trabalhos de busca por parte das forças de segurança, começaram na segunda-feira (21) e se intensificaram na quarta (23), com o uso de cães farejadores, drone, helicóptero e especialistas em regiões de vegetação mais densa. Até o momento, ninguém foi preso.
Neste sábado (26), bombeiros andaram por ruas de Sooretama para pedir informações à população. As equipes realizaram abordagens a pessoas, fizeram averiguação de denúncias e buscas em um imóvel desocupado. Os policiais também averiguaram um veículo que aparentava estar abandonado em uma plantação, mas nada de ilícito foi encontrado na casa ou no carro.
As famílias continuam em vigília em frente à Prefeitura de Sooretama, enquanto aguardam notícias sobre o paradeiro dos adolescentes. Em desespero, elas pedem ajuda. “Liguem para a polícia, liguem para a família. Misericórdia. Nós não estamos aguentando mais”, disse Creuza do Nascimento, mãe de Carlos Henrique.
No domingo (27), a previsão de início dos trabalhos é às 8h30.
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