"Sou burro. Nada justifica o que eu fiz. Não tem explicação. Não sei o que aconteceu." Com essas palavras, Eduardo Cruz da Silva tentava explicar como foi capaz de matar a esposa, Cristina Melo do Rosário, de 34 anos, na frente das duas filhas, de 8 e 11 anos de idade. O crime acontece na madrugada deste domingo (01), em Porto de Santana, Cariacica, e teria sido motivado por ciúme.
Ao chegar no Departamento Especializado em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória, onde prestou depoimento, o agressor disse que a esposa teria iniciado a briga e o ameaçado com a faca. No entanto, a versão dada por ele é questionada por testemunhas.
"Eu acordei com ela gritando comigo, com uma faca na mão. E dizendo 'por que você mexeu na minha mochila'. Pensei que ela ia me enfiar a faca. A gente estava brigado. Aí eu peguei a faca dela, a gente começou a brigar e eu perdi o controle", relatou.
Um dos homens que ajudou a socorrer as crianças, Elder Nascimento, contou que, apesar desta versão, Eduardo deu uma declaração diferente quando foi abordado pelos policiais militares que chegaram ao local.
"Ele falou para mim que ela tentou agredir ele com a faca. Mas na viatura, ele deu outras versões para os policiais. Ele falou que foi mexer na bolsa dela, ela não deixou, ele achou estranho e foi para cima dela com a faca. Não tem como ter discernimento do que realmente aconteceu na casa, mas ela estava só de calcinha e sutiã no banheiro. Dá para pensar que ele pode ter tentado alguma coisa, ela não quis e ele tentou forçar. É o que parece que aconteceu", afirmou Nascimento
De acordo com vizinhos, as brigas entre o casal eram constantes e o homem já havia agredido a companheira outras vezes. Na madrugada deste domingo, uma vizinha acordou depois de ouvir o grito de socorro das crianças. Após presenciar o desespero das crianças, a vizinha parou um carro que passava pela rua para pedir ajuda. Dentro veículo estavam três rapazes, que voltavam de uma festa. O grupo foi até a casa, arrombou a porta e conseguiu salvar as crianças, mas encontrou a mulher já sem vida.
Populares conseguiram segurar o agressor até a chegada da polícia. Ele foi levado para o Departamento Especializado em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória, onde presta depoimento. Além das duas filhas que presenciaram o crime, Cristina era mãe de uma outra jovem, de 17 anos, de outro relacionamento.
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