Uma mulher de 32 anos e o marido, de 33, foram presos pela Polícia Civil acusados de assassinar a manicure Niásia Alves Santos, encontrada morta em uma área de vegetação no bairro Nova Almeida, na Serra, no dia 27 de dezembro. Segundo a polícia, a suspeita seria amiga da vítima. Contra o casal, havia um mandado de prisão temporária em aberto.
A delegada Raffaela Aguiar, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) afirmou que a polícia chegou até o casal por meio de denúncias — tanto da família de Niásia quanto de pessoas próximas à vítima. Ela afirmou que a polícia já havia encontrado o corpo em uma região de mata de Nova Almeida, na Serra, quando foi levantada a possibilidade de ser de Niásia.
"Como já existia uma ossada e aquilo se tratava de um crime, a gente começou a coletar informações. Depois, com depoimentos de pessoas bem próximas da vítima, a gente conseguiu um direcionamento que nos apontasse para esses dois que foram presos ontem, que são os autores", disse a delegada.
O corpo de Niásia, segundo a delegada, foi encontrado em avançado estágio de decomposição e com indícios de morte violenta. A motivação do crime, porém, ainda não foi apurada, já que, segundo Raffaela Aguiar, os suspeitos não prestaram depoimento. A delegada ainda explicou que a moto de Niásia foi roubada pelo casal e levada para o interior do Estado.
"A suspeita nos informou que teria adquirido a moto da vítima no dia que ela teria desaparecido e, depois, não teve mais notícias da vítima. Posteriormente, fomos trabalhando melhor essa informação e descobrimos que a moto estava no interior do Estado, na cidade de Mantenópolis com o irmão da investigada", afirmou.
A delegada afirmou que as investigações seguirão para entender se o casal agiu sozinho ou se há outras pessoas envolvidas no crime. Os suspeitos foram levados para o Centro de Triagem de Viana (CTV).
Niásia Alves Santos, de 26 anos, morava em Guarapari com o pai, Marcos Renan Santos e, na noite do dia 22 de dezembro, desapareceu após sair de motocicleta para Cariacica. Segundo o pai da vítima, a filha chegou a mandar uma mensagem para ele dizendo que iria para a Serra e não deu mais notícias.
"Ela passou a morar comigo em Guarapari havia duas semanas. Ela ia de moto para Cariacica, mas não chegou lá. Mandou uma mensagem falando que foi para a Serra. Foi feita então a perícia e eu torcia para dar negativo. O corpo havia sido achado e faltava o exame de DNA, mas é um processo demorado. Para acelerar, pediram exames do dentista. Pegamos a foto da arcada dentária e bateu 100%", contou.
O corpo de Niásia foi encontrado no dia 27 de dezembro em uma área de vegetação do bairro Nova Almeida, na Serra, em avançado estado de decomposição, o que dificultou a identificação da vítima. A confirmação da identidade de Niásia veio no dia 13 de janeiro.
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