Um homem suspeito de aplicar golpes em pelo menos seis Estados do Brasil, incluindo o Espírito Santo, foi detido pela Polícia Militar na tarde desta quarta-feira (16) em um shopping na Enseada do Suá, em Vitória. Segundo denúncias, o estelionatário se passava por advogado e pastor. Ele tentava fazer nova vítima no momento em que foi detido.
A Polícia Militar informou, em nota, ter sido acionada no início da tarde desta quarta-feira por um homem que relatou que "um suspeito de estelionato, que atuava em vários Estados, estaria naquele momento com um de seus funcionários na praça de alimentação do shopping tentando aplicar mais um golpe. No local, o homem foi abordado e, junto de pessoas que teriam sido vítimas dele, foi encaminhado à Delegacia Regional de Vitória".
Segundo informações da TV Gazeta, o suspeito começou a trabalhar como prestador de serviços em uma empresa na Capital há 15 dias. Ele se identificava como advogado, na tentativa de conquistar a confiança dos colegas.
Uma pessoa do ambiente de trabalho desconfiou do homem quando precisou fazer uma procuração contra cobranças abusivas. No documento, o suspeito assinou com um nome diferente do que era conhecido na empresa. Foi aí que começou a investigação do que estava acontecendo.
"Liguei para ele e perguntei, ele demorou a responder, disse que era um amigo que ia fazer a ação. Ele disse que só fazia a parte criminalista e cível. Meu caso era diferente, por ser coisa de banco", contou a colega de trabalho à TV Gazeta.
A mulher, que preferiu não ser identificada, começou a investigar o colega de trabalho. Ela chegou a ir ao local que constava na procuração, mas o endereço não existia. Ela confirmou que ele também se identificava como pastor.
O advogado da empresa disse que vai entrar na Justiça contra o suspeito. Segundo Fabio Marçal Vasconcellos, além de aplicar golpes em colegas de trabalho, o homem teria se aproveitado dos consórcios oferecidos pela própria instituição.
"No domingo, a empresa recebeu um telefonema de um cliente indignado porque pagou R$ 2 mil para aderir a um consórcio e ia receber o carro. Mas ao invés de levar o carro em Pinheiros [Norte do ES] e receber o dinheiro na própria conta, ele [suspeito] alegou um problema e pediu que outro colega recebesse a transferência. Foi aí que o golpe veio à tona", detalhou.
Fabio Marçal disse que no momento da prisão, o suspeito estava em posse de contratos da empresa vítima.
A Polícia Civil explicou, em nota, que o suspeito de 32 anos foi ouvido e liberado após a autoridade policial entender que não havia elementos suficientes para lavrar auto de prisão em flagrante naquele momento. Apesar disso, a PC informou que o caso seguirá sob investigação. "Em observância à Lei Federal nº 13.869, de 5/09/2019, também conhecida como Lei de abuso de autoridade, a PCES só divulga nomes de suspeitos após o Ministério Público oferecer denúncia", conclui a corporação na nota enviada.
A OAB informou que vai apurar o caso e, se confirmar que o suspeito se passava por advogado, vai tomar medidas cabíveis.
A TV Gazeta entrevistou colega de trabalho do suspeito e o advogado da empresa na qual o detido trabalhava. O texto foi atualizado.
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