Um criminoso que já apareceu em matéria de A Gazeta, investigado por cometer assassinatos para pagar dívidas que tinha com uma quadrilha de Vila Velha, foi recapturado no último fim de semana. Ele havia sido preso em 2019, mas conseguiu escapar no início deste ano. No último domingo (13), Matheus Moreira de Oliveira foi abordado e chegou a dar um nome falso para os policiais, mas acabou desmascarado.
No boletim de ocorrência, os policias disseram que abordaram um grupo de pessoas em um ponto conhecido pelo tráfico de drogas no bairro Itapuã, em Vila Velha. Eles não estavam com nada ilícito. Os militares perguntaram os nomes deles para buscarem no sistema, e um dos homens afirmou que se chamava João.
Os policiais suspeitaram daquilo e pediram ajuda do Serviço de Inteligência, que conseguiu descobrir o nome verdadeiro de Matheus. Neste momento, eles conseguiram identificar que o suspeito era foragido. Segundo a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), o criminoso estava em regime semiaberto e, em janeiro de 2025, saiu para o trabalho e não retornou à Casa de Custódia de Vila Velha.
Ele foi levado para a delegacia, assinou um termo circunstanciado (TC) por falsa identidade e foi dado cumprimento ao mandado de prisão por homicídio qualificado, expedido pela 4ª Vara Criminal de Vila Velha. Depois, Matheus foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
Em 2019, Matheus, à época com 20 anos, foi preso em Planície da Serra, na Serra, acusado por tentativa de homicídio e dois assassinatos em Vila Velha no mês de julho daquele ano. De acordo com a polícia, todos os crimes eram relacionados ao tráfico de drogas na região, já que Matheus afirmava que agia para pagar dívidas com uma quadrilha do município.
Na ocasião, o delegado Gianno Trindade revelou que Matheus fazia parte do tráfico de drogas de Novo México, porém, após desavenças com os colegas criminosos, ele foi expulso do grupo "Mariposa" e passou a integrar o grupo rival "Santana", que fica na região conhecida como Concrevit, em Itapuã. Desde a expulsão, ele jurou vingança contra o grupo de Novo México.
A investigação teve início logo após a polícia desconfiar de uma tentativa de homicídio e dois assassinatos que aconteceram nos dias 2, 5 e 7 de julho de 2019. As datas e regiões próximas chamaram a atenção dos policiais. No dia 2, a vítima foi um homem identificado como Luciano Salomão. A polícia conta que ele fazia parte do tráfico de drogas de Novo México e era rival de Matheus.
No dia 5, houve uma tentativa de homicídio contra uma pessoa em situação de rua em Itapuã que, segundo a polícia, era usuário de drogas. O grupo Santana desconfiava de que a vítima estava passando informações para a polícia.
"Esse é o único crime que o Matheus confessa. Ele conta que, enquanto estava no grupo da família Santana, ficou responsável por guardar uma quantidade de drogas que teria perdido durante uma ação da polícia. Desde então, ele conta que ficou com uma dívida com os traficantes de R$ 2 mil. Como não tinha como pagar, a família teria exigido que o o acusado pagasse a dívida com serviços como, por exemplo, matando pessoas", contou o delegado, à época. No dia 7, foi assassinado o pintor Patrick da Vitória, de 31 anos.
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