O homem de 43 anos, preso na segunda-feira (25) suspeito de estuprar e engravidar a própria filha, atualmente com 21 anos, em Piúma, no Litoral Sul do Espírito Santo, está preso no mesmo presídio que o pai dele, também preso sob suspeita de estupro. Detalhes sobre a prisão do pai não foram divulgados. Os nomes não serão citados por envolver um menor de idade, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad).
Os abusos sexuais cometidos contra a jovem tiveram início quando a menina tinha somente 11 anos e perduraram até ela completar 19 anos. Conforme a Polícia Civil, em decorrência dos estupros praticados, a vítima engravidou aos 17 anos. Em depoimento na delegacia, o suspeito confessou os crimes e atribuiu a interrupção dos abusos ao fato de ter parado de consumir bebidas alcoólicas.
"Nos espantou muito. Uma situação atípica. Ela relatava que desde os 11 anos era abusada pelo pai e nesse tempo todo ela não conseguiu contar com medo de acontecer alguma coisa com ela e com a própria genitora. Isso foi perdurando por muito tempo, até que ela engravidou em 2019, e o pai a forçou a fazer o aborto, mas ela não fez, porque ela tinha certeza de que, assim que a criança nascesse, ela conseguiria sair da situação, daquele lar. E foi realmente o que aconteceu. Mas, como a criança era fruto do próprio pai, ela não suportou toda essa pressão e nos procurou, e a partir daí a gente começou a tomar as providências", disse o delegado Vitor Alano, titular da Delegacia de Piúma.
"A mãe da vítima, segundo a Polícia Civil, afirmou ter tomado conhecimento dos crimes apenas quando a filha deixou o lar. Um mandado de prisão preventiva foi expedido pela Justiça a pedido da polícia e foi cumprido na segunda-feira (25), quando o homem foi detido em casa.
"Quando a vítima engravidou, o homem a coagiu a afirmar que a paternidade era de um namorado, chegando a pressioná-la a realizar um aborto. Mesmo após o nascimento da criança, ele a monitorava para garantir o silêncio dela. Diante dessa situação, ela decidiu alugar uma casa e se mudar’, detalhou o delegado.
O caso, segundo o delegado Vitor Alano, segue sob investigação. A vítima é a primogênita do casal, que possui outros dois filhos adolescentes. O suspeito concordou em realizar um exame de DNA, conforme solicitado.
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