A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) em conjunto com a Polícia Militar de São Paulo (PMSP), prendeu um suspeito de estuprar três irmãs, de 11, 13 e 16 anos, no município de Vila Velha. O homem, que é padrasto das vítimas, foi preso no dia 27 de junho, na cidade de Cubatão, em São Paulo. Os nomes dos envolvidos e o bairro onde moram não estão sendo divulgados para preservar a identidade das vítimas, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad).
Segundo o adjunto da DPCA, delegado Leonardo Vanaz, os crimes ocorriam há, pelo menos, seis anos. Por conta dos abusos, a adolescente de 16 anos acabou engravidando e, mesmo durante a gestação, continuou sendo violentada.
Enquanto a vítima estava no hospital dando à luz acompanhada pela mãe, o suspeito se aproveitou e abusou das outras duas irmãs.
“Nós recebemos a informação desse crime por meio do Conselho Tutelar. Uma das vítimas saiu escondida de casa após ver o indivíduo agredindo a mãe dela e também porque ela soube que a irmã mais nova estava sendo abusada. Então ela tomou coragem, saiu de casa e procurou ajuda do Conselho Tutelar”, contou o delegado.
Após a polícia representar pela prisão preventiva do homem, ele fugiu para São Paulo. A DPCA solicitou o auxílio do Centro de Inteligência e Análise Telemática (CIAT) da Polícia Civil, da subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça para localizar o suspeito.
Ele foi encontrado em Cubatão, no interior de São Paulo, em uma área de difícil acesso.
O padrasto foi indiciado por estupro de vulnerável e o material genético dele foi coletado para comprovar a gravidez. O suspeito está preso em São Paulo.
As vítimas contaram à polícia que os abusos começaram quando tinham cerca de 10 anos. O padrasto tem dois filhos com a mãe das meninas e se relacionavam há aproximadamente oito anos.
Durante a gestação, o suspeito coagiu a vítima a dizer que ela engravidou de um jovem que conheceu na escola.
Sobre a mãe, o delegado explicou que não há elementos para afirmar que foi omissa e que as adolescentes contam que a genitora não sabia dos crimes.
“Quando soube, ela apoiou as vítimas e disse que acreditava nelas. Era um indivíduo bastante violento, ele praticava a violência doméstica contra a mãe e contra as vítimas também e fazia esses crimes de várias maneiras”, explicou o delegado.
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