Rodrigo Pires Rosa, suspeito de matar ex-namorada Luana Demonier, já tinha mandados de prisão em aberto por agressão a uma outra mulher. Um deles foi expedido na Quinta Vara Criminal de Cariacica.
Na decisão que decretou a prisão de Rodrigo, a juíza Eliana Ferrari Siviero citou que o suspeito descumpriu medidas protetivas que foram concedidas a favor de uma mulher que chegou a ser ameaçada com faca por ele.
Pelo menos cinco mulheres já procuraram a Polícia Civil para relatar que receberam ameaças de Rodrigo. A Polícia Civil informou em nota que ele era alvo de investigações da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Cariacica desde 2015, e responde a oito inquéritos policiais instaurados nesta unidade, por crimes relacionados a violência doméstica.
Em um desses episódios, Rodrigo foi flagrado por uma câmera correndo atrás de uma outra ex-companheira com uma faca. Em 30 de julho de 2020, ele foi preso em flagrante pelo crime de ameaça e encaminhado ao Centro de Triagem de Viana, mas ganhou liberdade no dia 3 de setembro.
As investigações da Polícia Civil geraram mandados de prisão em desfavor do investigado. Ele era um dos alvos na última edição da Operação Maria’s, realizada em dezembro de 2020, e não foi localizado na ocasião. Em janeiro, novas diligências foram realizadas, mas ele não foi encontrado. Após tomar conhecimento da ordem de prisão, segundo a Polícia Civil, o investigado passou a viver em condição de andarilho, sem endereço fixo, o que dificulta sua localização.
De acordo com familiares de Luana, o suspeito de matá-la ficou preso por um mês, mas foi solto. E, por continuar ameaçando as ex-companheiras, foi expedido outro mandado contra ele.
Luana foi morta a facadas no bairro Vila Capixaba, em Cariacica, enquanto voltava para casa, por volta das 19h desta terça-feira (09). Ela e o suspeito mantiveram um relacionamento por um ano e tiveram uma filha que faleceu aos cinco meses de idade. Segundo a família, o suspeito abandonou Luana e a criança assim que a menina nasceu.
Nesta terça-feira, pela manhã, de acordo com relato de parentes, o suspeito teria entrado no mesmo ônibus em que Luana estava e começou a falar, em voz alta, da morte da criança.
Segundo a família da vítima, outros passageiros entenderam que aquela poderia ser uma ameaça. Os parentes de Luana contaram que ele já tinha usado da morte da criança para ameaçar a ex em outras ocasiões, dizendo que mandaria a jovem "para o mesmo lugar onde a bebê estava".
Segundo a Polícia Civil, o assassinato ocorreu por volta das 19h, quando Luana voltava do trabalho. Enquanto fazia o trajeto, a jovem, que tinha medida protetiva contra o suspeito, recebeu uma mensagem do ex-companheiro, que afirmava que iria matá-la. Ao chegar em uma rua do bairro Vila Capixaba, onde morava, foi surpreendida por ele, que a golpeou com cerca de 15 facadas, informou a polícia. Luana morreu no próprio local.
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