Um dos suspeitos de matar um homem após roubar a casa da vítima no interior de Domingos Martins, em setembro do ano passado, cometeu o crime depois de receber o benefício da saidinha e deixar o presídio. Weverton Caldon estava preso cumprindo pena por tráfico de drogas. Ele, o irmão dele, que é genro da mandante, e mais um amigo foram contratados pela irmã da vítima para roubar a casa, mas quando foram reconhecidos pelo homem, acabaram cometendo o latrocínio.
A vítima, identificada como Rafael da Silva Sousa, de 38 anos, era agiota e tinha emprestado dinheiro a juros para a irmã. Segundo as investigações, ela devia R$ 17 mil para o irmão. Para não pagar, de acordo com a Polícia Civil, a irmã, que não teve o nome divulgado pela polícia, contratou os suspeitos para roubar as notas promissórias da dívida na casa de Rafael.
Após serem identificados, os suspeitos amarraram e executaram a vítima com pelo menos cinco tiros. A Polícia Civil prendeu a suspeita de ser o mandante do crime e dois dos três executores.
O foragido é o Weverton Caldon, que teria cometido o crime enquanto aproveitava o benefício da saidinha. Um dia depois de cometer o crime, ele voltou para o presídio, dentro do prazo estabelecido pela Justiça.
Em outubro, quando ainda era investigado pelo crime, Weverton deixou o presídio novamente após ganhar outro benefício da saída temporária. Desta vez, porém, ele não voltou para o sistema prisional e está foragido desde então. A Polícia acredita que ele desconfiava de que as investigações do latrocínio estavam se aproximando dele. De outubro até hoje, Weverton ainda é suspeito de cometer outro homicídio e dois roubos
Os detalhes da investigação foram divulgados durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (06), que contou com a participação do secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, do delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, e do titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Venda Novo do Imigrante, delegado Alberto Roque Peres. O secretário de Estado da Segurança Pública criticou a concessão dos benefícios de saidinha.
"O camarada é beneficiado pela saída temporária em setembro, comete o latrocínio com requintes de crueldade. São cinco tiros na cabeça da vítima que já estava amarrada e dominada. Ele retorna para o presídio, novamente é beneficiado com uma saída. Nessa segunda saída, ele é suspeito de um novo homicídio e dois roubos, ou seja, é um indivíduo altamente perigoso. A sua primeira condenação é por tráfico de entorpecentes. Queremos socializar com a sociedade capixaba o quanto isso dificulta a nosda atuação lá na ponta com nossos policiais", comentou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta