Foi preso em Rio das Ostras, na região dos Lagos do Rio de Janeiro, Guilherme Augusto Rodrigues Ribeiro, vulgo "Menor" ou "Playboy", de 18 anos, um dos suspeitos de envolvimento na morte do sargento da Polícia Militar, Magno Colatti.
Segundo apuração da repórter de A Gazeta, Mikaela Mozer, ele foi encontrado no bairro Palmital, por policiais militares e estava acompanhado da esposa. Guilherme foi encaminhado para Campos dos Goytacazes, no mesmo estado. Em pesquisas no site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é possível encontrar um segundo mandado de prisão temporária, emitido no dia 15 de agosto, por um roubo em Marechal Floriano.
Ele também tem passagens por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Segundo o coronel Douglas Caus, Comandante-Geral da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), o suspeito é parte da facção criminosa Família Capixaba, ligada ao Terceiro Comando Puro (TCP).
"O Serviço de Inteligência da Polícia Militar do Estado, juntamente com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, detectaram uma residência de parentes dele (Guilherme) e foi realizado um cerco. Ele se entregou, foi preso e conduzido a delegacia", explicou Caus.
O sargente da PM Magno Colatti Silva foi morto a tiros durante o dia de folga em Mucuri, Cariacica, no dia 4 de julho deste ano. A polícia agora busca outras três pessoas. São eles:
Um quinto suspeito, identificado como Iranilto de Souza de Freitas, conhecido como Iranilto Gama, uma das lideranças da Família Capixaba AFC, ligada ao Terceiro Comando Puro, foi preso no dia 12 de julho, em casa, no Morro dos Gama, na região da Grande Mucuri, em Cariacica.
Segundo a investigação, Pitchula teria sido autor dos disparos, e os demais teriam participado de alguma forma, conforme explicou, em julho, o coronel Douglas Caus, Comandante-Geral da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES).
"Nesse momento, os indivíduos que estão com mandado de prisão (em aberto) ainda têm a possibilidade de se entregarem à Polícia Civil e serem conduzidos à delegacia e responder pelo crime que eles cometeram. Porque, se o nosso serviço de inteligência, com a nossa Força Tática, os nossos policiais militares conseguirem detectá-los, a única saída que eles têm é imediatamente deitarem no chão e se entregarem. Porque, se enfrentarem a Polícia Militar, de maneira covarde como fizeram com o sargento, invariavelmente iremos responder à altura, e aí é força máxima.”
O sargento Magno Colatti Silva foi assassinado com cinco tiros durante o dia de folga em Mucuri, Cariacica, no dia 4 de julho. Há quase 30 anos na Polícia Militar, ele era considerado por pessoas próximas um pai de família e um irmão atencioso. Deixou três filhos e uma esposa grávida.
No dia posterior ao crime, o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, delegado federal Eugênio Ricas, em entrevista à TV Gazeta, disse que a Polícia Civil trabalhava com duas linhas de investigação para desvendar o homicídio.
A primeira era que ele tenha sido reconhecido por criminosos como agente da Segurança Pública e atacado; já na segunda versão, a história é que o sargento e um primo teriam ido até um posto comprar combustível para um equipamento. Esse parente teria sido repreendido por traficantes por passar com o carro em alta velocidade.
Essa linha de investigação, de que teria havido um desentendimento do primo do sargento com um dos criminosos, é a que predomina atualmente.
"A versão que temos até agora é que ele foi chamado pelo primo dele pra ajudá-lo em um processo de limpeza na região. Em uma das passagens, o primo o pediu para um carro abaixar o vidro e andar mais devagar. Em seguida, o Pitchula apareceu e atirou contra ele quando viu que o sargento estava armando".
Pitchula é Marcelo Wesley Alves da Silva, um dos gerentes do tráfico da região de Mucuri. Segundo informações divulgadas pelo secretário estadual de Segurança Pública, Eugênio Ricas, ele tem ligações com líderes de organizações criminosas, com A Família Capixaba (AFC), que domina o tráfico da região.
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