Marcelo Wesley Alves da Silva, conhecido como "Pitchula", o principal suspeito de matar o sargento da Polícia Militar, Magno Colati Silva, continua foragido após treze dias do crime. A informação foi confirmada, em nota, pela Polícia Civil nesta quarta-feira (17). O agente foi assassinado a tiros no bairro Mucuri, em Cariacica, no final da tarde de 4 de julho.
Segundo a corporação, as investigações começaram logo após o crime. No mesmo dia do início das buscas, o secretário de Segurança Pública, Eugênio Ricas, declarou que a situação não ficaria impune e a corporação procuraria Marcelo "até no inferno”.
O delegado alertou ainda que se "Pitchula" tivesse “um pingo de inteligência", ele se entregaria. Mesmo com a indicação e promessas do delegado, 24 horas após a morte do sargento, Marcelo teria fugido para o Rio de Janeiro, de acordo com um casal abordado em Mimoso do Sul pela Polícia Militar.
A dupla ainda confessou ter auxiliado “Pitchula” a chegar ao Estado fluminense. Eles teriam deixado a Grande Vitória ainda na noite de quinta (4), deixando o suspeito na primeira comunidade após a Ponte Rio-Niterói.
O homem informou ainda que "Pitchula" seria casado com a sua sobrinha. Como nenhuma restrição em nome do casal ou do carro foi localizada, e os suspeitos foram liberados após a abordagem.
Magno Colati Silva, sargento do 6º Batalhão da Polícia Militar, morreu após ser baleado no bairro Mucuri, em Cariacica, no final da tarde do dia 4 de julho. Ao ser baleado, equipes policiais realizaram o socorro.
Em vídeos feitos por moradores da região é possível ver helicópteros da PM e viaturas se movimentando para realizar levando o militar para um hospital.
O agente chegou a ser levado para o Pronto Atendimento de Arlindo Villaschi, em Viana, porém não resistiu. Ele deixou uma esposa grávida e três filhos.
Ainda não se conhece exatamente a motivação dos tiros, mas duas linhas de investigações foram apontadas pelo secretário Eugênio. A primeira é que o Magno teria sido reconhecido como policial militar, o que levou a reação de criminosos.
Já na segunda versão, o sargento estaria em um posto de combustível quando traficantes teriam repreendido o primo dele por passar com carro em alta velocidade.
"O sargento então discute com um desses traficantes, afirma que vai encher aquilo (o lugar) de polícia, e que vai prejudicar o negócio ilícito desses traficantes. Esse traficante sai do local, fala com Pitchula, que volta e já dá cinco tiros no sargento Colati", completou Eugênio Ricas.
Para além de ser o principal suspeito de atirar contra Magno, "Pitchula" é um dos gerentes do tráfico da região de Mucuri e tem ligações com líderes de organizações criminosas, conforme o secretário.
"Ele tem ligação com a Família Capixaba (AFC), que domina o tráfico da região, então estamos mapeando tudo. Por enquanto ele é o principal suspeito, mas é possível existam outros. O que temos dito é que, se ele tiver um pingo de inteligência, ele se entrega hoje", declarou o delegado.
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