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Suspeito de matar vendedora em Cachoeiro tinha arquivo de 205 mulheres

Suspeito de matar vendedora em Cachoeiro tinha arquivo de 205 mulheres

Segundo a polícia, o pecuarista Alexandre Vaz Nunes, preso pela morte da namorada, Roseli Valiati Farias, tinha catálogo de perfis de mulheres que ele conhecia em redes sociais

Publicado em 27 de outubro de 2021 às 19:18

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O pecuarista Alexandre Vaz Nunes, de 54 anos, preso no último dia 20, suspeito de assassinar e enterrar o corpo da namorada, a vendedora Roseli Valiati Farias, 47 anos, tinha 17 pendrives guardados em um cofre em sua casa em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. Segundo a Polícia Civil, os dispositivos arquivavam um catálogo de 205 perfis de mulheres que o homem conhecia por meio de redes sociais.

O delegado chefe do DHPP, Felipe Vivas, contou que as mídias estavam guardadas no cofre da residência, onde a polícia encontrou armas e munições, que foram apreendidas. “O material estava no cofre e representamos na Justiça para ter acesso ao conteúdo dos 17 pendrives. Havia 205 conversas com mulheres diferentes, catalogadas por nomes, idades, que vão de 40 a 60 anos, e cidades”, explicou.

Além do catálogo de mulheres, a polícia descobriu que Alexandre usava o falso nome de Fernando Schereder, que ele utilizava nas redes sociais. Segundo o delegado, na casa do pecuarista, havia ainda um crachá indicando a função de engenheiro, com a foto do suspeito, e o nome de Gustavo Hoffman.

Comerciante foi preso suspeito de matar Roseli Valiati Farias, de 47 anos,
Comerciante foi preso suspeito de matar Roseli Valiati Farias, de 47 anos,. (Montagem | A Gazeta)

Vivas conta que apesar do material encontrado, não irá acionar as mulheres do arquivo, pois o alvo da inquérito é a morte da vendedora. “Foram apreendidos três aparelhos celulares: um era usado em sua rotina diária; outro para alguma outra coisa e um terceiro, somente para conversar com estas mulheres”, disse Felipe Vivas.

O delegado orienta que, caso alguma mulher tenha sofrido algum golpe ou prejuízo envolvendo o suspeito preso, pode acionar a Polícia Civil.

O delegado Felipe Vivas explicou que aguarda laudos periciais para concluir o inquérito. “Aguardamos o laudo pericial do local e exame de balística. Um projétil foi encontrado na casa do suspeito e usamos luminol, substância para identificar o sangue, na caçamba da caminhonete”, disse.

RELEMBRE O CRIME

Roseli Valiati Farias foi morta com um tiro na cabeça na casa do namorado, em Cachoeiro de Itapemirim, no último dia 17. O corpo da vendedora foi encontrado somente três dias depois, no dia 20, quando o pecuarista foi preso pela equipe da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro e levou os policiais ao local. A mulher havia sido enterrada em uma estrada vicinal na localidade de Marobá, em Presidente Kennedy, próximo à divisa do Espírito Santo com o Rio de Janeiro.

A polícia chegou a Alexandre porque Roseli desapareceu após sair para um encontro com o pecuarista, na noite do último 17. O carro da vendedora foi encontrado pela família dela, trancado e com os pertences da vítima, na manhã do dia seguinte, no trevo da Viação Itapemirim.

Imagens coletadas durante a investigação da polícia, ficou constatado que Roseli chegou à casa do namorado, no bairro Santo Antônio, por volta das 18h40, dirigindo um Toyota Corolla, de cor prata. O carro foi visto novamente nas ruas do bairro por volta das 21h, e não retornou. Alexandre é flagrado por câmeras, após o horário, caminhando em direção a rua de sua residência, no bairro Santo Antônio.

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