O pecuarista Alexandre Vaz Nunes, de 54 anos, preso no último dia 20, suspeito de assassinar e enterrar o corpo da namorada, a vendedora Roseli Valiati Farias, 47 anos, tinha 17 pendrives guardados em um cofre em sua casa em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. Segundo a Polícia Civil, os dispositivos arquivavam um catálogo de 205 perfis de mulheres que o homem conhecia por meio de redes sociais.
O delegado chefe do DHPP, Felipe Vivas, contou que as mídias estavam guardadas no cofre da residência, onde a polícia encontrou armas e munições, que foram apreendidas. “O material estava no cofre e representamos na Justiça para ter acesso ao conteúdo dos 17 pendrives. Havia 205 conversas com mulheres diferentes, catalogadas por nomes, idades, que vão de 40 a 60 anos, e cidades”, explicou.
Além do catálogo de mulheres, a polícia descobriu que Alexandre usava o falso nome de Fernando Schereder, que ele utilizava nas redes sociais. Segundo o delegado, na casa do pecuarista, havia ainda um crachá indicando a função de engenheiro, com a foto do suspeito, e o nome de Gustavo Hoffman.
Vivas conta que apesar do material encontrado, não irá acionar as mulheres do arquivo, pois o alvo da inquérito é a morte da vendedora. “Foram apreendidos três aparelhos celulares: um era usado em sua rotina diária; outro para alguma outra coisa e um terceiro, somente para conversar com estas mulheres”, disse Felipe Vivas.
O delegado orienta que, caso alguma mulher tenha sofrido algum golpe ou prejuízo envolvendo o suspeito preso, pode acionar a Polícia Civil.
O delegado Felipe Vivas explicou que aguarda laudos periciais para concluir o inquérito. “Aguardamos o laudo pericial do local e exame de balística. Um projétil foi encontrado na casa do suspeito e usamos luminol, substância para identificar o sangue, na caçamba da caminhonete”, disse.
Roseli Valiati Farias foi morta com um tiro na cabeça na casa do namorado, em Cachoeiro de Itapemirim, no último dia 17. O corpo da vendedora foi encontrado somente três dias depois, no dia 20, quando o pecuarista foi preso pela equipe da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro e levou os policiais ao local. A mulher havia sido enterrada em uma estrada vicinal na localidade de Marobá, em Presidente Kennedy, próximo à divisa do Espírito Santo com o Rio de Janeiro.
A polícia chegou a Alexandre porque Roseli desapareceu após sair para um encontro com o pecuarista, na noite do último 17. O carro da vendedora foi encontrado pela família dela, trancado e com os pertences da vítima, na manhã do dia seguinte, no trevo da Viação Itapemirim.
Imagens coletadas durante a investigação da polícia, ficou constatado que Roseli chegou à casa do namorado, no bairro Santo Antônio, por volta das 18h40, dirigindo um Toyota Corolla, de cor prata. O carro foi visto novamente nas ruas do bairro por volta das 21h, e não retornou. Alexandre é flagrado por câmeras, após o horário, caminhando em direção a rua de sua residência, no bairro Santo Antônio.
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