Josué José Cirilo foi preso pela Polícia Militar do Rio de Janeiro na noite desta sexta-feira (5), suspeito de ser o mandante do sequestro do vereador de Brejetuba, Antônio Marcos Bonifácio de Souza (Cidadania), no dia 17 de fevereiro. Ele é suplente do político, estava em uma casa no bairro Paciência, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A polícia informou que havia a suspeita de que Josué pudesse estar escondido na casa de parentes, já que familiares dele moram na capital carioca. A polícia conseguiu identificar o local de trabalho do sobrinho do suspeito, que seria um dos esconderijos utilizados por Josué.
As equipes foram até o local e encontraram o sobrinho de Josué, que os levou até a casa onde o suspeito estava escondido, no bairro Paciência. De acordo com a Polícia Militar, Josué não ofereceu resistência à prisão. Ele é acusado de extorsão mediante sequestro, segundo a polícia.
A Justiça já havia expedido um mandado de prisão preventiva contra Josué, que estava foragido. Segundo o delegado Cláudio Rodrigues, que comanda as investigações, a motivação para o crime foi ameaçar o vereador para que ele renunciasse ao cargo e o suplente assumisse a cadeira na Câmara de Vereadores. "Já havia ocorrido uma tentativa anterior para que Antônio deixasse o cargo. Josué tinha oferecido um emprego e dinheiro ao vereador Antônio, 15 dias antes do sequestro", contou o delegado.
O sequestro aconteceu no dia 17 de fevereiro. O vereador contou que, naquele dia, estava indo para sessão na Câmara de Vereadores quando foi parado na rua por um homem que dirigia um Volkswagen Gol vermelho.
O motorista pediu ajuda para conseguir um atendimento médico para a esposa dele, que estaria com dificuldades no posto de saúde. Pediu para o vereador ir com ele até o posto, dizendo que depois daria carona de volta para a Câmara. O vereador aceitou e entrou no carro. Só que no caminho, segundo o vereador, o motorista parou e pegou outro comparsa, que estaria armado, e os dois o sequestraram e foram em direção ao interior.
“Fizeram ameaças de morte se eu não renunciasse meu cargo, pois diziam que havia traído um antigo vereador. Chorei muito, pois fizeram ameaças à vida do meu filho. Me levaram até Viana, onde me deixaram com meu celular”, contou o vereador que não voltou à cidade, por motivos de segurança.
Um suspeito de conduzir o veículo no sequestro foi preso e confessou aos investigadores que cometeu o crime a mando do suplente do vereador. "Pelo depoimento do colaborador, do corréu, e da vítima há fortes suspeitas de que o suplente é o mandante", reforçou o delegado.
Após a publicação desta matéria, a Polícia Militar confirmou as informações a respeito da identidade de Josué , assim como do lugar onde ele foi encontrado. O texto foi atualizado.
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