Um homem de 21 anos foi preso suspeito de balear um eletricista de 62 anos e a filha dele de 32 dentro de um carro na noite desta terça-feira (29), no bairro Ataíde, em Vila Velha, na Grande Vitória. No momento do crime, o neto do eletricista, um menino de 1 ano e 11 meses, estava no colo da mãe e, por pouco, não foi atingido pelos disparos.
A prisão do homem aconteceu nesta quarta-feira (30) perto de um campo de futebol do bairro Ataíde e foi divulgada no final da manhã desta quinta-feira (1º) pela Polícia Civil.
O delegado Alan Moreno, titular da Delegacia de Homicídios Consumados de Vila Velha, disse que o suspeito teria cometido o crime por acreditar que o eletricista passava informações para a polícia, informação negada pela vítima.
"O crime foi motivado pelo fato de o autor supor que uma das vítimas, o homem, seria um colaborador das forças de segurança, informação negada pela vítima. O estopim para o cometimento do crime teria sido a prisão de um traficante de drogas no dia anterior aos fatos, no mesmo bairro, feita por policiais militares da Força Tática", disse o delegado.
O suspeito, que não teve o nome divulgado, foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
O eletricista, que pediu para não ser identificado, contou à reportagem da TV Gazeta nesta quarta-feira (30), que estava voltando para casa com a família quando entrou na rua Paulo Neves e um suspeito armado saiu de um beco e começou a atirar contra o veículo, que estava com os vidros parcialmente abertos e faróis baixos.
"Estava com os vidros fechados porque estava chovendo, mas farol normal, baixo, tudo normal e o vidro da minha filha estava aberto pra não embaçar o carro. Do nada, um camarada saiu do beco dando tiro no carro de todo jeito.", contou o eletricista.
Foram mais de 15 tiros, que atingiram o para-brisa, vidros laterais e parte traseira do carro. O eletricista foi ferido nas costas, braço e mão por três tiros e a filha dele por um tiro no braço.
Mesmo ferido, o eletricista conseguiu dirigir até outra rua do bairro, onde mora com a família, e pediu socorro.
A vítima disse que no momento dos disparos a filha dele ficou desesperada. "Ele [o neto] vai fazer dois anos na quinta-feira. Ela falava 'vou morrer, vou morrer'. Ela estava com o braço em cima dele. Se fosse mias pra baixo tinha atingido a cabeça do menino", disse o avô.
O eletricista disse ainda que é conhecido no bairro e acreditava que o atirador não seria morador da região.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta