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Taxista foi morto na Serra porque entregou localização de drogas, diz polícia

Taxista foi morto na Serra porque entregou localização de drogas, diz polícia

Rodinei Oliveira foi morto em agosto de 2020, no bairro Jardim Juá; o motivo seria a suspeita de que ele teria entregue à polícia a localização de drogas do tráfico local

Publicado em 13 de outubro de 2021 às 13:33

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Alisson, Ryan, Gleidson e Reginaldo foram os executores do taxista Rodinei, na Serra
Alisson, Ryan, Gleidson e Reginaldo foram os executores do taxista Rodinei, na Serra. (Reprodução/PCES)

Quatro suspeito de participarem do assassinato do taxista Rodinei Oliveira, de 39 anos, que aconteceu no bairro Jardim Juara, na Serra, em agosto de 2020, foram presos pela Polícia Civil. A motivação do crime, segundo a corporação, seria o fato de Rodinei ter, supostamente, entregue à polícia a localização de uma casa que era usava pelos traficantes da região de Balneário Carapebus, também na Serra, para estocar drogas, que foram apreendidas durante uma operação.

Segundo a polícia, Rodinei tinha envolvimento com o tráfico de drogas. O delegado Rodrigo Sandi Mori, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (Dhpp) da Serra, explicou que ele era responsável por transportar as drogas entre diferentes pontos de estocagem utilizados pelos criminosos. As prisões foram anunciadas nesta quarta-feira (13), mas aconteceram durante os anos de 2020 e 2021. Os envolvidos são:

Sandi Mori explicou que Alisson foi preso no dia 25 de agosto de 2020, no bairro Chácara Parreiral, na Serra. Ele foi o mandante do homicídio e também é réu de um outro assassinato, que aconteceu no dia 2 de abril de 2020, em Balneário Carapebus, no mesmo município. Ainda de acordo com o delegado, ele também forneceu as armas para o crime, duas pistolas de calibre 45 mm e 380 mm.

 Já no dia 26 de julho de 2021, segundo Sandi Mori, a polícia prendeu o Ryan Inácio. O delegado explicou que a prisão de Ryan foi feita em flagrante por causa de outro homicídio, contra um pescador, que aconteceu em Balneário Carapebus no dia 24 de julho. No caso do taxista, Sandi Mori afirmou que Ryan foi um dos executores, mas, à época do crime, era menor de idade e, por isso, será julgado como menor. As outras prisões aconteceram em setembro deste ano.

Taxista morto na Serra
O taxista Rodinei Oliveira, de 39 anos, foi morto com dois tiros na região da nuca. (Reprodução/TV Gazeta)

"No dia 17 de setembro deste ano, foram presos, no bairro Balneário Carapebus, o Gleidson e o Reginaldo, também conhecido como ‘Juninho’. O Gleidson foi quem solicitou a corrida ao taxista, com o pretexto de buscar drogas no bairro Jardim Juara. o Gleidson também efetuou disparos contra o taxista. E o Reginaldo foi quem deu fuga aos executores após o crime”, explicou.

Os quatro foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe e por não darem chance de defesa à vítima. Alisson, Gleidson e Reginaldo também foram indiciados por corrupção de menor, uma vez que Ryan era adolescente quando os quatro cometeram o crime.

A DINÂMICA DO CRIME

Rodrigo Sandi Mori explicou que Rodinei estava trabalhando na noite do crime quando foi chamado por Gleidson para fazer uma corrida com o pretexto de comprar drogas no bairro Jardim Juara. Ele foi buscar Gleidson e Ryan em Balneário Carapebus e, indo em direção ao bairro, foi baleado com o carro ainda em movimento. Em seguida, eles fugiram no carro dirigido por Reginaldo.

"A vítima foi até o bairro Balneário Carapebus buscar o Ryan e o Gleidson e, no caminho até o local, foram seguidos pelo Reginaldo, em um outro veículo. Já no bairro jardim Juara, com o veículo ainda em movimento, o Ryan sacou uma pistola e efetuou o primeiro disparo no pescoço da vítima, que acelerou o veículo e colidiu com um muro. Após essa colisão, o Ryan e o Gleidson efetuaram mais quatro disparos na vítima, dois no rosto e dois na cabeça, e fugiram do local do crime no carro guiado pelo Reginaldo", detalhou o delegado.

ENVOLVIMENTO COM O TRÁFICO DE DROGAS

Ainda de acordo com Rodrigo Sandi Mori, o taxista assassinado possuía envolvimento com o tráfico de drogas. Ele era responsável por transportar drogas entre os pontos de estocagem, além de levar os traficantes para locais de compra e venda de entorpecentes. Rodinei até participava de festas financiadas pelo tráfico da região.

"A vítima tinha envolvimento com o tráfico de drogas no sentido de transportar drogas para traficantes. Ele realizava o transporte de drogas, participava de festas de traficantes, inclusive foi até no aniversário do Alisson", acrescentou Sandi Mori.

O delegado afirmou, ainda, que, por conta desse serviço que prestava ao tráfico de drogas, Rodinei sabia do endereço de todas as casas onde as drogas ficavam, motivo pelo qual os criminosos acreditam que ele tenha entregue a localização da casa onde aconteceu a apreensão.

Sandi Mori acrescentou que foi cogitada a possibilidade do crime tratar-se de um latrocínio, mas as investigações apontaram o homicídio. Ainda de acordo com o delegado, os criminosos executaram a vítima no bairro Jardim Juá para tentar desviar as investigações da polícia de Balneário Carapebus, onde atuam no tráfico de drogas.

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