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Traficante matou todos os rivais para dominar venda de drogas na Serra

Traficante matou todos os rivais para dominar venda de drogas na Serra

De acordo com a polícia, Felipe e comparsas entravam vestidos de policiais e matavam as vítimas na frente dos familiares

Publicado em 13 de março de 2019 às 15:37

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Felipe foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana. (Divulgação | Polícia Civil)

Um dos dez criminosos mais procurados do Estado foi preso na tarde desta terça-feira (12) no bairro Jardim Carapina. Considerado também o homicida mais procurado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do município, Felipe Xavier da Conceição, de 23 anos, matou todos os rivais para dominar a venda de drogas no bairro onde morava.

Ele já era monitorado há pelo menos seis meses pela polícia. De acordo com o titular da DHPP da Serra, Rodrigo Sandi Mori, Felipe era chefe do tráfico no bairro desde 2015 e, como havia vários chefes dominando a venda de drogas em Jardim Carapina, por ser um bairro grande, ele executou todos eles.

Traficante matou todos os rivais para dominar venda de drogas na Serra

“O Felipe era atual frente do tráfico. Era o mais procurado da DHPP da Serra há um ano. Tem dois mandados de prisão: um por um duplo homicídio e outra tentativa ocorridos em 29 de maio de 2018 e um mandado de prisão preventiva por tráfico. Ele é investigado por mais cinco homicídios, entre 2015 e 2018, todos no bairro Jardim Carapina”, declarou.

O caso do dia 29 de maio de 2018 aconteceu em Divinópolis, também na Serra. Isso porque os rivais de Felipe fugiram para o bairro e os criminosos foram até eles. Nesse caso, Felipe foi mandante e os dois executores já estão na cadeia.

BANDIDOS SE PASSAVAM POR POLICIAIS

De acordo com as investigações da Polícia Civil, o modo de agir de Felipe era sempre parecido em todos os homicídios em Jardim Carapina. Os criminosos e outros traficantes chegavam vestidos de policiais militares, para poder ter acesso e arrombar a casa dos familiares e encontrar os rivais.

“Às 3 horas da manhã, ele sempre à frente de outros indivíduos fortemente armados, vestidos com roupas de polícia, invadiam as residências das vítimas, arrombando as portas e executando (as vítimas) com mais de cinquenta disparos na frente da família”, declarou.

Felipe sempre mudava de carro e de residência e, apesar do monitoramento ser feito há cerca de seis meses, a polícia teve dificuldades para encontrá-lo. “Tínhamos a informação de que ele estava frequentando uma residência no bairro Jardim Carapina, onde também funciona uma oficina. Ontem (terça) ele esteve nesta oficina, fomos até o local. Fizemos um cerco. Quando ele tentava fugir pelo mato foi surpreendido, jogando a arma no chão. Ele foi conduzido e já está no Centro de Triagem de Viana”, relatou o delegado.

Com Felipe foi apreendida uma arma Glock .40, adaptada para dar rajadas, além de mais de vinte munições intactas. O homicídio mais recente que Felipe é investigado aconteceu em 15 de fevereiro do ano passado.

Arma encontrada com Felipe no momento da prisão . (Divulgação | Polícia Civil)

Para a Polícia Civil, Felipe disse que só falaria em juízo. Já a defesa declarou para o Gazeta Online que Felipe Xavier "nega de forma veemente as acusações de que ele tenha participado ou executado qualquer homicídio no município da Serra e afirma que provará sua inocência durante os inquéritos policiais e eventuais processos judiciais existentes e que venham a surgir." 

EXPULSÃO DE FAMÍLIAS

A expectativa agora é que as famílias das vítimas denunciem os crimes. Segundo a Polícia Civil, Felipe também é responsável pela expulsão de famílias do bairro Jardim Carapina por causa do tráfico de entorpecentes.

“É um indivíduo que intimida a população e familiares. Muitos tiveram medo de prestar depoimento, porque ele estava solto. Por isso eu peço a essas famílias que venham prestar depoimento, porque com ele preso não tem como intimidar as famílias. Queremos fazer Justiça. Pedimos a colaboração não só dessas famílias, mas aquelas que foram expulsas do bairro, para que possam retornar para suas casas”, declarou.

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As famílias de vítimas ou que foram expulsas podem procurar a DHPP da Serra, que fica na Rua Odisséia Neves Gabrielli, em frente ao Terminal de Carapina.

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