Um traficante que se passava por comerciante, dono de uma padaria, foi preso pela Polícia Civil nesta quinta-feira (4), no Bairro da Penha, em Vitória. O estabelecimento, inclusive, ficava em frente a um Destacamento da Polícia Militar no bairro. De acordo com a polícia, Thiago Guimarães, conhecido como "Galeguinho" ou "Alemão" era integrante da facção criminosa Primeiro Comando de Vitória (PCV), responsável por ataques a grupos rivais do bairro Ilha do Príncipe.
Contra Thiago, segundo a Polícia Civil, havia um mandado de prisão preventiva por conta de um homicídio e uma dupla tentativa de homicídio no bairro Ilha do Príncipe, em setembro de 2020. A corporação acredita que Thiago, que nasceu na Ilha do Príncipe, aliou-se ao PCV e promovia ataques no bairro de origem para crescer na hierarquia do tráfico de drogas.
De acordo com o delegado Marcelo Cavalcanti, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, nove pessoas foram indiciadas por conta dos ataques à Ilha do Príncipe. Thiago, como explicou o delegado, era o último criminoso que ainda estava em liberdade. Ainda foi constatado o envolvimento de um advogado na organização criminosa.
"Ele foi captado por essa organização criminosa a fim de promover ataques no seu bairro de origem. É muito comum dessa facção de Vitória, eles usam deste tipo de artifício para que possam anexar aquele bairro ao território deles. Nesta investigação, inclusive, a DHPP Vitória comprovou que tinha um advogado que era um elo entre os executores e o preso que foi o mandante do crime. Foi uma investigação complexa e trabalhosa, mas a gente entrega todos os nove indivíduos presos", destacou.
A Polícia Civil completou que Thiago Guimarães foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana, onde ficará à disposição da Justiça.
A Polícia Civil afirmou, inicialmente, que o crime pelo qual havia um mandado de prisão em aberto contra Thiago Guimarães havia acontecido em setembro de 2021. A corporação, porém, corrigiu a data do homicídio para setembro de 2020. A informação foi alterada e o texto foi atualizado.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta