Os ônibus da linha 600 tiveram o itinerário alterado por motivos de segurança nesta segunda-feira (29) - um dia depois da morte de Fernando de Oliveira Reis, mais conhecido como Fernando Cabeção. A mudança no trajeto evitava que os veículos passassem no bairro Guaranhuns, em Vila Velha, onde ele atuava como líder de uma facção criminosa, segundo a polícia.
De acordo com informações da Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Espírito Santo (Ceturb-ES), os ônibus estavam indo apenas até a praça do bairro Araçás. A mudança não tinha previsão para terminar; mas, no início desta noite, a Ceturb-ES informou que os trajetos já haviam sido normalizados.
Procurada por A Gazeta, a Polícia Militar informou que equipes estão presentes na região com policiamento ostensivo e que realiza abordagens e pontos base diariamente, em locais e horários estratégicos. Militares da Força Tática também estariam atuando no bairro Guaranhuns, reforçando as ações de patrulhamento.
Durante esta madrugada, a PM chegou a receber uma denúncia de que foram disparados tiros de arma de fogo. No entanto, ninguém se manifestou a respeito e nada foi constatado pelos policiais. "Caso a população saiba de algum crime em andamento, deve acionar o Ciodes (190); e em caso de crimes já ocorridos, o Disque Denúncia (180)", pediu em nota.
Apontado pela polícia como chefe de uma facção criminosa do bairro Guaranhuns, Fernando Cabeção foi um dos intermediários do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, ocorrido em março de 2003. Na época, a vítima tinha 32 anos e estava chegando em uma academia de ginástica no bairro Itapoã, em Vila Velha, quando levou três tiros.
Nesse domingo (29), sete meses depois de deixar a prisão, Fernando Cabeção foi morto a tiros dentro de um carro de luxo, no bairro Itapoã. De acordo com a Polícia Militar, ele também é suspeito de envolvimento em um homicídio cometido horas antes, no bairro Divino São Lourenço.
O caso segue sendo investigado pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha e ninguém relacionado ao caso havia sido preso até a tarde desta segunda-feira (29). "Somente após a conclusão do inquérito policial será possível afirmar se os dois homicídios têm relação", informou a Polícia Civil.
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