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"Três meses de angústia", diz pai de adolescente morto com tiro acidental no ES

"Três meses de angústia", diz pai de adolescente morto com tiro acidental no ES

A Polícia Civil apontou, por exemplo, que houve negligência do adolescente de 15 anos, que recebeu Murilo em casa. Por este motivo, o adolescente e os pais dele foram indiciados

Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 15:48

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A morte de Murilo Costa Félix Oliveira, de 14 anos, atingido com um tiro na cabeça em setembro deste ano, em Cariacica, segue como uma ferida aberta para os familiares da vítima. O pai do menino, Abraão Oliveira, voltou a se emocionar ao lembrar do filho nesta quinta-feira (19), data em que a Polícia Civil do Espírito Santo divulgou informações a respeito da conclusão do inquérito. A Polícia Civil apontou, por exemplo, que houve negligência do adolescente de 15 anos, que recebeu Murilo em casa. Por este motivo, o adolescente e os pais dele foram indiciados por crimes como omissão de cautela.

Conforme divulgado em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (19), o adolescente de 15 anos abriu um cofre na residência e pegou a arma do pai. Ele retirou as munições e passou a gravar vídeos e mandar para os colegas. Pouco tempo depois, o adolescente voltou a municiar a arma. Murilo não sabia que a arma estava com munição no momento em que a pegou.

O pai de Murilo, Abrãao Oliveira, esteve na coletiva de imprensa, na sede da Polícia Civil, em Vitória. Após as explicações de representantes da Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, o pai conversou com a imprensa, afirmando que a família está "dolorida".

Abrãao Oliveira, pai de Murilo, chora ao lembrar do filho
Abraão Oliveira, pai de Murilo, chora ao lembrar do filho. (Alberto Borém)
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São três meses de angústia, a família está dolorida. Não acredito até agora nesta tragédia com meu filho. Agradeço à Polícia Civil por continuar fazendo Justiça. Agradeço minha família, à imprensa

Abraão Oliveira
Pai de Murilo
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O pai do garoto ainda lembrou que o filho faria 15 anos no próximo dia 11 de janeiro. Emocionado, Abraão lembrou que o filho tinha uma "carreira promissora" e pediu Justiça.

A vítima morreu no dia 26, após cinco dias internado. As investigações apontaram que o disparo foi realizado de forma acidental pela própria vítima.

Segundo a Polícia Civil, o disparo foi efetuado pela mão direita de Murilo, a uma curta distância. A arma era do pai do adolescente de 15 anos, e o homem não estava na residência no momento do disparo. Ainda segundo a corporação, o menor tinha livre acesso à arma do pai, que estava em um cofre. O proprietário não tinha autorização para ter a arma.

O adolescente de 15 anos foi indiciado por ato infracional análogo ao crime de homicídio culposo, omissão de socorro e fraude processual. O pai do adolescente de 15 anos foi indiciado por omissão de cautela e posse ilegal de arma de fogo. Já a mãe, indiciada por omissão de cautela. Todos eles respondem em liberdade.

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