Um dos criminosos mais procurados da Região Serrana do Espírito Santo, identificado como Gilson Plaster, de 32 anos, foi localizado e preso na última quarta-feira (13) em Alto São Sebastião, zona rural de Santa Maria de Jetibá. Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (21), a Polícia Civil informou que ele atuava como traficante desde 2015, cumpria prisão em regime fechado, mas fugiu em março de 2023 durante o benefício de saída temporária.
O suspeito tinha mandados de prisão em aberto pelos crimes de tráfico de drogas, receptação, posse ilegal de arma de fogo e corrupção ativa. “As investigações apontaram que a ex-esposa dele assumiu o lugar enquanto ele estava preso. Mas ela também foi presa e, quando ele se evadiu [do sistema prisional], continuou coordenando o comércio ilícito de entorpecentes”, disse a delegada titular da Delegacia de Polícia (DP) de Santa Maria de Jetibá, Fernanda Prado.
A prisão aconteceu em uma ação da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Santa Maria de Jetibá e com apoio da Polícia Militar. Por meio de denúncias e apoio de populares, o suspeito foi encontrado escondido em uma residência que não pertencia a ele. Ele tinha entrado no local de madrugada, sem autorização, e estava dormindo com uma adolescente. Ambos alegaram que mantinham uma relação amorosa. No local, foram encontrados uma arma calibre 9mm e cocaína.
A corporação também cumpriu mandados de busca e apreensão em outros seis locais da região. Foram apreendidos 1.200 pinos de cocaína, motos adulteradas, mais de R$ 7 mil em dinheiro. Além disso, 14 pessoas foram conduzidas para a delegacia, sendo que 7 foram presas em flagrante pelo crime de tráfico de drogas e também posse ou porte de arma de fogo.
“As investigações também apontam que recentemente ocorreu um homicídio bem próximo à casa dele e há indícios concretos de que está envolvido nessa briga de território pelo tráfico de drogas. Ele é uma pessoa que está voltada justamente à atividade criminosa e ele nunca deixou de praticar crimes no município”, disse a delegada.
Segundo o capitão Thales, da 8ª Cia Independente da Polícia Militar, Gilson Plaster tinha uma propriedade no município e dominava toda a região. “Ele tinha acesso livre às residências sem ninguém questionar. Justamente é um hábito que muitos traficantes têm. Eles constroem um ‘império do medo’, ameaçando de forma ostensiva os moradores, que ainda eram proibidos de denunciar ou impedir qualquer movimentação dele”, descreveu o capitão.
As corporações esclareceram também que o suspeito agia de forma autônoma, sem ligação com as organizações criminosas que atuam na Grande Vitória. Na casa da mãe dele, também foi encontrada uma arma, de propriedade dele, e uma quantia em dinheiro.
“Gilson fazia um tipo de conexão com a Grande Vitória. Ele era aquela pessoa que fazia a droga subir, o dinheiro descer. Pode-se dizer, de certa forma, que ele comandava uma facção familiar”, finalizou o delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda.
A reportagem tenta localizar a defesa de Gilson Plaster. O espaço segue aberto para uma manifestação.
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