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Um mês após crime, suspeito de matar adolescente no ES continua foragido

Um mês após crime, suspeito de matar adolescente no ES continua foragido

Assassinato de Raissa Souza, de 15 anos, completa um mês nesta segunda-feira (24) e não há pistas da localização de Guilherme Mamede, ex-namorado da vítima

Publicado em 24 de maio de 2021 às 10:42

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Raissa da Silva Souza, de 15 anos, foi morta em Cariacica
Raissa da Silva Souza, de 15 anos, foi morta em Cariacica. (Arquivo Pessoal)

Um mês após o assassinato de Raissa Da Silva Souza, de 15 anos, no bairro Vila Prudêncio, em Cariacica, na Grande Vitória, o suspeito do crime continua em liberdade. O crime aconteceu no dia 24 de abril. A Justiça expediu o mandado de prisão contra ex-namorado da vítima, Guilherme Mamede Santos, a pedido delegada Raffaella Almeida, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), onde o caso está sendo investigado. Guilherme segue foragido e é procurado pela polícia.

"A gente está esperando uma resposta da polícia. Saber que ele foi preso vai trazer no mínimo um conforto para minha família. Ele não podia tirar a vida da minha neta, ainda mais pelo motivo dela não querer ficar com ele, ninguém é obrigado a nada", descreveu a avó de Raissa, Glória Castro.

Aos domingos, Glória vai ao Cemitério Parque da Paz levar flores ao túmulo da neta. Além de lidar com a dor, a morte de Raissa obrigou a família a viver com medo.

"A minha outra neta estava sendo ameaçada por ele, pois dizia que ela tinha ajudado Raissa a se esconder dele. Ela teve que se mudar do Espírito Santo, está pagando aluguel e vivendo longe de nós para ficar livre das ameaças dele. Isso só vai parar quando ele estiver preso", desabafou a avó.

Glória também fez um apelo para que as pessoas denunciem onde possa estar o foragido.

"Peço que a população capixaba, em especial as mulheres, ajudem a gente e denunciem. Hoje faz um mês que minha neta não está aqui, foi ela dessa vez, mas poderia ser a filha de outra pessoa ou a neta de outra avó, poderia ser qualquer mulher", completou.

O CRIME

Na época, familiares contaram que Raissa decidiu terminar o namoro com Guilherme um dia antes do crime, o que causou a ira do ex-namorado. Ele chegou a enviar um áudio e vídeo fazendo ameaças contra a adolescente.

Em um dos trechos do áudio que seria de Guilherme, ele diz que vai encontrar a ex-namorada em qualquer lugar.

"Você pode ficar longe o tempo que for. Você pode sumir o tempo que for, parceira. Mas uma coisa que vou falar para você: uma hora eu te acho, Raissa. Uma hora alguém aparece e diz 'eu vi Raissa em tal bairro, eu vi Raissa em tal lugar'", disse.

As ameaças seguem no áudio: "Eu já falei com você, que você vai derramar sangue nosso por causa desse mal costume de meter o pé. Então, parceira, segura os voos. Você não está acreditando em mim, a notícia vai bater na sua porta. Desse jeito aqui, oh! Vai bater na sua porta a notícia. Pode ter certeza", diz outro trecho.

Guilherme Mamede Santos é ex-namorado de Raissa e suspeito de assassiná-la em Cariacica
Guilherme Mamede Santos é ex-namorado de Raissa e suspeito de assassiná-la em Cariacica. (Reprodução / TV Gazeta)

Com medo, Raíssa passou a noite na casa de parentes, na tentativa de se esconder de Guilherme. Já no sábado, ela seguiu para a casa dos pais, em Vila Velha, mas acabou sendo encontrada pelo rapaz. Familiares da adolescente afirmam que ele apareceu armado na residência e a obrigou a sair com ele.

Os dois foram, então, para a casa do tio de Raíssa, em Vila Prudêncio, onde ela foi assassinada.

"O tio falou que eles chegaram conversando. E o tio foi fazer um miojo. Os vizinhos viram que ela chegou três vezes na varanda, mas eles não sabiam de nada e não tinham como interferir. Aí eles escutaram o tiro e os dois saíram para fora", contou a avó de Raissa.

Segundo testemunhas, enquanto o tio de Raissa saiu para pedir ajuda para a sobrinha, Guilherme pediu apoio para fugir.

A Polícia Militar foi chamada e acionou uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No entanto, ao chegar ao local, a equipe constatou que Raissa já estava morta.

No quintal da casa, os policiais localizaram uma arma semi-industrial com uma munição deflagrada. A arma foi entregue à Polícia Civil.

Com informações do G1/ES

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