Uma universidade em Vila Velha afastou aluno nesta segunda-feira (23) após denúncia de assédio relatada na última quinta (19). A instituição de ensino também reforçou, por meio de nova nota emitida, a existência de um processo interno para investigar o caso, que teve grande repercussão nas redes sociais, envolvendo a entrada do suspeito, um homem de 45 anos, em um banheiro feminino. Na ocasião, o estudante de Direito indicou, por meio de gestos, intenção de praticar ato sexual com uma aluna de 22 anos.
O ocorrido gerou, na tarde de hoje, protesto por parte de alunos que querem punição ao colega acusado. Segundo eles, o homem, antes de ser afastado, foi à aula normalmente, mesmo depois de ter cometido este tipo de abuso pela terceira vez.
Veja nota na íntegra:
"A Universidade Vila Velha informa que, a partir da data de hoje, 23/09, o aluno encontra-se temporariamente afastado. E reforça, ainda, que a coordenação do curso de Direito da Instituição fez uma avaliação inicial dos fatos, na última quinta-feira, 19/09, e encaminhou à Reitoria, que abriu imediatamente um processo de sindicância para apurar o caso e tomar as atitudes cabíveis ao ocorrido.
O processo de sindicância dura até 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. Neste período, todas as partes envolvidas têm o direito à ampla defesa e serão ouvidas pela comissão instaurada pela Instituição, composta pelo corpo jurídico da Universidade.
A Universidade ressalta que repudia qualquer atitude que atente contra o bem-estar físico e psicológico de seus alunos e colaboradores e está aplicando todos os esforços para elucidar o fato".
O CASO
Segundo a vítima, o crime ocorreu às 8h24 da manhã de quinta-feira (19). "No meu desespero, me tranquei numa das cabines do banheiro e mandei mensagem para um amigo, então sei a hora exata do ocorrido. Eu estava no banheiro feminino da faculdade, que fica ao lado de um banheiro de pessoas com deficiência. O homem estava nele, inicialmente. Quando fui trancar a porta, ela não trancou, foi então que fui trocar de cabine e observei que tinha alguém na porta do banheiro", iniciou.
"Era um aluno. Nesse momento, olhei para ele, fiz um gesto perguntando o que ele estava fazendo ali e ele começou a me chamar gesticulando com sinal de sexo. Perguntei: 'Você está ficando doido?', me tranquei e mandei mensagem para o meu amigo, pedindo que ele fosse me encontrar. Meu amigo chegou falando: 'O que está acontecendo?', ouvi a voz dele e abri a porta para sair. O cara recuou para o banheiro de deficiente, foi a hora que consegui sair correndo", narra.
A jovem estudante ainda contou ao Gazeta Online que não havia ninguém no corredor da faculdade no momento em que esteve no banheiro, afirmando que não sabe o que poderia ter acontecido se estivesse sem celular.
"Não sei até onde ele poderia chegar, não sei se teria começado a gritar. Mas fiz boletim de ocorrência e a faculdade está sendo bastante prestativa, fui muito bem acolhida e me senti confortável em falar sobre o assunto. O DCE fez post falando sobre assédio, me sinto bem com isso, mesmo tendo acontecido dentro da faculdade. Pelo o que eles têm feito para mim, ainda me sinto segura em andar lá dentro. Até onde sei ele foi suspenso e foi aberto processo administrativo", finalizou.
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