O Espírito Santo fechou o ano de 2021 com o segundo menor número de homicídios desde 1996, com registro de 1.060 assassinatos. O dado estadual, divulgado pela Secretaria de Segurança do Espírito Santo (Sesp), fica atrás apenas dos registros de 2019, quando foram contabilizados 984 crimes. Além disso, seis cidades não registraram nenhum homicídio durante o ano passado. São eles:
Com esse resultado, o triênio (2019, 2020 e 2021) passa a ser o período com menor número de mortes violentas no Estado dentro da série histórica, sendo 2019 com a maior redução, quando foram contabilizados 984 crimes.
O resultado de dezembro também foi histórico, alcançando a menor marca de homicídios da série histórica, com 76 casos. Esse foi o terceiro mês consecutivo de redução de assassinatos que se finalizou, sendo outubro, novembro e dezembro os melhores resultados em 25 anos completos. Em relação a 2020, o decréscimo de mortes violentas no ano chegou a 4,2%, com 47 crimes a menos.
A secretaria afirma também que a Região Metropolitana da Grande Vitória e a região serrana tiveram reduções de menos 14,1% e 7,8%, respectivamente. Já as regiões norte e sul fecharam 2021 com acréscimo de 4,2% e 4,1% e a noroeste apresentou o maior aumento, com 23,1%.
Ponto Belo, Muniz Freire, Laranja da Terra, Itarana, Ibiraçu, Bom Jesus do Norte não tiveram nenhum registro de homicídios em 2021.
Alegre, Apiacá, Divino de São Loureço, Dores do Rio Preto, Iconha, Marilândia, São José do Calçado, são Roque do Canaã, Venda Nova do Imigrante e Vila Pavão tiveram 1 registro de homicídio cada, em 2021.
Alfredo Chaves, Alto Rio Novo, Atílio Vivacqua, Irupi, Itaguaçu, João Neiva, Mucurici, Santa Teresa e Vargem Alta tiveram 2 registros. Brejetuba, Castelo, Conceição do Castelo, Governador Lindenberg, Muqui e Domingos Martins contaram com 3 registros cada um.
Água Doce do Norte, Jerônimo Monteiro, Marechal Floriano, Montanha, Presidente Kennedy, Rio Bananal, Rio Novo do Sul e Santa Leopoldina tiveram 4 homicídios registrados em 2021.
Em Ecoporanga, Iúna, Mimoso do Sul, Pedro Canário, Piúma e Santa Maria de Jetibá foram 5 homicídios registrados durante o ano.
Águia Branca e Guaçuí tiveram 6 homicídios. Afonso Cláudio, Fundão, Ibitirama e Mantenópolis registraram 7 homicídios. Foram 8 registros em Baixo Guandu e Barra de São Francisco.
Marataízes, Pancas e São Domingos do Norte registram 9 homicídios em 2021. Anchieta, Ibatiba e Vila Valério tiveram 10 homicídios registrados no ano passado.
Boa Esperança e Colatina tiveram 11 casos de homicídio. Itapemirim teve 12 registros, Aracruz, 13, Viana teve 15, Pinheiros, 19. Sooretama, São Gabriel da Palha e Nova Venécia tiveram 20 homicídios. Jaguaré registrou 21, Cachoeiro de Itapemirim, 24, Guarapari, 27, Conceição da Barra, 28, São Mateus teve 46 registros, Vitória registrou 66 durante 2021, Linhares, 75. Vila Velha teve 135 registros e Cariacica e Serra, 138.
No dia 13 de dezembro de 2021, A Gazeta chegou a noticiar que Ibiraçu havia registrado seu primeiro assassinato do ano. A vítima era Geraldo Ferreira de Oliveira, de 69 anos, que foi encontrado morto dentro de casa no dia 11, na localidade de Palmeiras, zona rural do município.
Entretanto, em nota enviada à reportagem nesta segunda-feira (3), a Sesp esclareceu que, após o andamento das investigações e prisão do acusado, o caso passou a ser tratado como latrocínio, e não homicídio, por orientação do delegado que preside o inquérito policial. Latrocínio é o roubo seguido de morte, ou seja, um crime diferente.
"Portanto, passa a ser um crime patrimonial e não homicídio doloso. Apesar de sair da estatística de homicídio, a morte dessa vítima continua contando como crime letal intencional (CLI), que engloba além de latrocínio e homicídio, a lesão corporal seguida de morte. No próximo dia 15 todos os dados estarão disponíveis no site da Sesp, inclusive com a planilha das vítimas de CLI, que informam data, horário, local do fato, sexo das pessoas vitimadas, entre outras informações."
Dessa forma, Ibiraçu continuou na lista das cidades sem ocorrências de homicídios em 2021.
Uma ocorrência de assassinato chegou a ser registrada em dezembro em Ibiraçu, porém ela não foi classificada como homicídio pela Polícia Civil, e sim como latrocínio, que é o roubo seguido de morte. As informações foram incluídas no texto.
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