Após a apreensão de um adolescente suspeito de integrar uma associação criminosa que praticava roubos de celulares na Grande Vitória, o delegado Gabriel Monteiro, titular da Divisão Especializada de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio (DRCCP), explicou como o grupo agia. Nesta segunda-feira (11), a Polícia Civil explicou o caso ao divulgar a apreensão do suspeito de 16 anos, detido em flagrante no bairro Santa Tereza, em Vitória, na última quarta-feira (6), enquanto rendia um motoboy que transporta celulares.
Segundo o delegado, a quadrilha estava se especializando em fazer golpes e, na sequência, roubos. “Os envolvidos ligavam para os comerciantes de loja de celular, faziam o pedido de três ou quatro iPhones 13 Pro Max de 526 GB, o modelo mais caro no mercado, que custa mais de R$ 10 mil cada. No momento da transferência do Pix, eles inventavam que não estavam conseguindo finalizar e falavam que pagariam no ato da entrega", iniciou.
Gabriel Monteiro explicou que, em seguida, o motoboy contratado pela loja pegava o material encomendado, não somente do estabelecimento, já que também fazia outras entregas. De acordo com o delegado, no local marcado com o suposto comprador, algum envolvido aparecia armado e roubava os celulares, os outros objetos transportados e os pertences do motoboy.
A apreensão do adolescente de 16 anos, membro da quadrilha, ocorreu na última quarta-feira, enquanto ele realizava um dos roubos contra um motoboy. Segundo a Polícia Civil, a organização criminosa já teria causado um prejuízo estimado em R$ 60 mil contra três lojas. Para fazer os assaltos, o jovem também usava uma moto furtada. Junto dele, foram recuperados seis celulares e três fones de ouvido.
Segundo o delegado Gabriel Monteiro, a quadrilha já vinha sendo monitorada há mais tempo e, com o auxílio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), foi possível apreender o adolescente em flagrante.
"Conseguimos mapear os principais locais de encontro e, quando veio a informação da DHPM, conseguimos chegar no momento certo. O motoboy já estava sendo rendido e o criminoso estava com um simulacro (imitação de arma de fogo). Em outros roubos, usaram outras armas, como a calibe 38. Nós, então, impedimos o crime. A moto usada pelo criminoso, segundo ele mesmo nos confessou, foi furtada na manhã da data da prisão", disse o titular da DRCCP.
Além das três lojas de Vitória e Vila Velha que foram vítimas da quadrilha, podem ter havido outras, segundo Monteiro. "Em breve, concluiremos (as investigações) e vamos solicitar a prisão dos criminosos. Há pelo menos mais três pessoas envolvidas. O adolescente já apreendido foi encaminhado ao Centro Integrado de Atendimento Socioeducativo (Ciase), por atos correspondentes a roubo e furto. Ele já tinha passagens por tráfico de drogas. Importante destacar que um mesmo motoboy foi vítima duas vezes da mesma quadrilha", explicou o delegado.
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