Três homens e um adolescente apontados como integrantes de uma organização criminosa especializada em fazer sequestros-relâmpagos com a exigência de PIX para liberação dos reféns no bairro Jardim da Penha, em Vitória, foram presos em flagrante na tarde desta sexta-feira (6) na avenida Dante Micheline, na altura do mesmo bairro onde os crimes eram realizados. Uma arma falsa foi apreendida.
De acordo com a Guarda Municipal de Vitória, no momento da prisão, os criminosos estavam com mais uma vítima, uma médica de 50 anos, que tinha sacado R$ 2 mil reais em uma agência bancária próximo ao local do sequestro, quando foi abordada pelos suspeitos.
Imagens de videomonitoramento flagraram a abordagem (assista o vídeo abaixo).
"Quando eu abri a porta e sentei, ele abriu a porta do carona e entrou junto. E outro também me rendeu pela minha porta. Eram dois com armas e me mandaram para o banco de trás, colocar o cinto para eu não fugir, e aí fiquei desesperada, o cinto não encaixava", disse médica
Ainda acordo com a vítima, os criminosos roubaram o dinheiro que a mulher havia sacado, além de cartão e celular.
"Ele queria senha, celular. Ele pegou meu celular e começou a falar com outros caras. Aí dirigiu para a Praia de Camburi, e entrou em um daqueles estacionamentos para pegar mais dois. Aí tinham dois e pegaram mais dois. Aí quando saiu do estacionamento já estava a guarda montada. Eles ficaram meio apavorados quando viram as luzes da polícia. Aí nisso a polícia já veio. Acho que a polícia sabia qual era o carro, porque se aproximou, eles saíram desesperados... Ficou um no carro ainda", disse a médica.
João Vitor de Almeida Silva, 24 anos
João Vitor é apontado como o líder do grupo. O criminoso foi o último suspeito a ser preso pela Polícia Militar, após se esconder dentro de uma fossa da garagem de prédio da região.
Segundo a polícia, João Vitor tem um mandado de prisão em aberto pelo sequestro que aconteceu na nesta quarta-feira (4), quando uma mulher de 41 anos foi rendida dentro do carro que estava na saída do trabalho. Em 2018 ele foi preso pela Guarda Municipal por um roubo cometido em Jardim da Penha.
De acordo com a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus), João Vitor fugiu da Penitenciária Agrícola do estado em junho de 2022, onde estava preso desde abril de 2018 pelo crime de roubo.
Cauã Silva Alvarenga, 18 anos
Foi preso pela Guarda Minicipal.
Maicon Damaceno Lopes, 28 anos
É o terceiro suspeito preso. Inicialmente ele deu nome falso à polícia e disse se chamar Rodrigo.
Adolescente de 17 anos
Também foi apreendido um adolescente de 17 anos, que, de acordo com a polícia, integrava o grupo criminoso.
Segundo o Inspetor Rocha, a Guarda Municipal localizou o grupo após receber a informação de que um veículo vermelho havia sido roubado e a vítima estava refém dos criminosos.
"Com o nosso videomonitoramento e Cerco de Inteligência, começamos a buscar veículos com as mesmas características e conseguimos indentificar duas placas destintas. Começamos a fazer buscas na região de Camburi e Jardim da Penha e localizaram o veículo na orla de Camburi", disse.
Segundo o inspetor, no momento em que viram os agentes da Guarda Municipal de Vitória, os criminosos abriram a porta do veículo e tentaram fugir.
"Com a ajuda da equipe que estava com quadriciclos e do Grupo Tático Operacional (GTO), conseguimos deter três indivíduos e salvar as vítimas sem nenhum ferimento ou lesão", disse o agente.
Apesar da fuga, segundo a guarda, três criminosos foram alcançados e detidos.
João Vitor, apontado pela polícia como líder do grupo, foi o último a ser preso pela Polícia Militar. O criminosos estava escondido dentro de uma fossa da garagem de um prédio da região.
Ainda de acordo com a guarda do município, os homens foram conduzidos à Delegacia Regional de Vitória.
Após a prisão, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), pediu que as vítimas dos sequestros-relâmpagos procurem à delegacia para fazer o reconhecimento dos homens presos.
"Você que, eventualmente, tenha sido vítima desse crime, procure a Delegacia Regional de Vitória, localizada na [Avenida] Marechal Campos, para reconhecer esses criminosos. Isso é importante porque são diversos inquéritos policiais instaurados, diversas autuações que esses indivíduos receberão, e, claro, eles têm que pagar pelo que fizeram", disse o prefeito.
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