Tensão é a palavra que pode resumir o clima vivido na Grande Vitória nesta terça-feira (11). Desde o início da manhã, um coletivo foi alvejado por metralhadoras e outros seis foram incendiados em diversos bairros. Os ataques a ônibus ocorreram em Consolação; na avenida Marechal Campos; em Santo Antônio; no Centro; na Enseada do Suá; na Praia de Santa Helena — todos em Vitória —; e, por fim, na Rodovia do Contorno, na Serra. Além disso, um veículo da reportagem da TV Tribuna também foi alvo de ataques, entre os bairros do Bonfim e da Penha, na Capital.
O motivo para os casos de violência foi a morte de um traficante do Bairro da Penha após confronto com a Polícia Militar, na noite de segunda-feira (10).
Durante os ataques, nesta terça-feira (11), escolas, faculdades e postos de saúde próximos aos locais suspenderam suas atividades. Além disso, a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb) informou que oito linhas do Sistema Transcol e Municipal foram suspensas. Além delas, outras duas que transitam pela Rodovia Serafim Derenzi — 518 e 535 — tiveram os seus percursos alterados, passando pelo Centro da cidade.
Em coletiva de imprensa, na noite de terça (11), o governador Renato Casagrande (PSB) e representantes da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e da Polícia Militar garantiram que os ônibus circularão normalmente no feriado desta quarta-feira (12) e que a segurança da Grande Vitória será reforçada durante os próximos dias.
Na noite da segunda (10), a Polícia Militar foi acionada. Durante a ocasião, policiais responderam a uma denúncia de que Fernando Moraes Pimenta, o Marujo (chefe do tráfico do Bairro da Penha e Bonfim), estaria na escadaria Alexandre Rodrigues, no Bonfim, com seguranças portando armamentos longos, como fuzil e espingardas calibre 12. Conforme o Boletim de Ocorrência, os suspeitos começaram a atirar assim que viram os militares e fugiram em seguida.
Em meio à troca de tiros, Jonathan Candida Cardoso, de 26 anos, foi encontrado caído no chão, com armas e munições. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. De acordo com a polícia, o jovem foi apontado como segurança de Marujo e sua morte foi a motivadora dos ataques aos coletivos na capital.
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