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Veja por quais crimes responderá o atirador de ataques em Aracruz

Veja por quais crimes responderá o atirador de ataques em Aracruz

Adolescente de 16 anos que deixou quatro mortos e outros feridos em ataques a tiros a duas escolas nesta sexta (25) foi apreendido e encaminhado ao Iases, em Cariacica

Publicado em 26 de novembro de 2022 às 13:00

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Atirador tinha suástica nazista e usou arma do pai policial militar em ataques em Aracruz
Atirador tinha suástica nazista e usou arma do pai policial militar em ataques em Aracruz. (Reprodução)

A Polícia Civil do Espírito Santo informou que o adolescente de 16 anos, apreendido nesta sexta-feira (25) após realizar ataques a tiros a duas escolas em Coqueiral de Aracruz, em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, foi encaminhado ao Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), em Cariacica, na Grande Vitória.

Quatro pessoas morreram – uma menina de 12 anos e três professoras – e outras 12 ficaram feridas durante os ataques, sendo que  dez foram baleadas, e as demais se machucaram ou passaram mal em meio à confusão. A polícia esclareceu, por meio de nota, que o criminoso vai responder por ato infracional análogo aos seguintes crimes:

  • 10 tentativas de homicídio qualificada por motivo fútil, que gerou perigoso comum e com impossibilidade de defesa da vítima;
  • Três homicídios qualificados por motivo fútil, que gerou perigo comum e com impossibilidade de defesa da vítima.

A Polícia Civil informou ainda que “as armas apreendidas foram encaminhadas para o setor do Departamento de Criminalística - Balística da PCES, juntamente com as munições. O caso segue sob apuração da Polícia Civil.”

Em entrevista na tarde de sexta-feira (25), o governador informou que o assassino utilizou duas armas no ataque, ambas do pai, um policial militar. Os disparos partiram de uma pistola .40 – que pertence ao Estado e era usada pelo policial para trabalhar – e de um revólver particular, de propriedade do pai do criminoso.

Questionado sobre quando o criminoso deu entrada na instituição e quais procedimentos serão adotados a partir de agora, o Iases informou, por meio de nota, “que não pode divulgar informações sobre adolescentes que ingressam, cumprem e/ou cumpriram medida socioeducativa de internação nas unidades do Instituto, tendo em vista que esta publicidade viola o princípio da proteção integral, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)".

MPES oferece representação

O Ministério Público do Espírito Santo ofereceu representação contra o adolescente envolvido com os ataques. A manifestação emitida por meio dos promotores de Justiça de Aracruz Fernando Cesar Ferreira Petrungaro e Marcelo Victor Valente Gouveia Teixeira pede a internação provisória do atirador, o que já foi aceito pela Justiça, segundo o MPES.

O processo, por envolver adolescente, segue em segredo de Justiça, conforme estabelece a legislação.

Membros do Ministério Público estiveram nas escolas onde os atentados ocorreram, ao lado de outras autoridades das forças de segurança pública, tão logo foram informados dos fatos, na manhã de sexta-feira (25). Os promotores de Justiça Fernando Cesar Ferreira Petrungaro e Marcelo Victor Valente Gouveia Teixeira realizaram a oitiva informal do adolescente na própria delegacia, devido à aglomeração de populares no local, que dificultavam o transporte do adolescente à Promotoria de Justiça.

Além dos promotores de Justiça do município, a Procuradora-geral de Justiça, Luciana Andrade, membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Central e Gaeco-Norte), o secretário-geral do Gabinete da Procuradora-Geral de Justiça, promotor de Justiça Francisco Martínez Berdeal, a assessora do Gabinete da Procuradora-Geral de Justiça e promotora de Justiça Cláudia R. Santos Garcia; e o gerente-geral do MPES, promotor de Justiça Lidson Fausto da Silva, também estiveram em Aracruz na sexta-feira.

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