Thiago Oliveira do Nascimento, que teve a prisão preventiva junto à dentista Gabriella Anacleto Kiefer, pelo crime de homicídio, já estampou reportagens policiais anteriormente. Ele, que é veterinário e empresário, já havia sido preso no dia 23 de janeiro deste ano, alvo de uma investigação por crimes de extorsão e lavagem de dinheiro, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
À época, a colunista de A Gazeta Letícia Gonçalves teve acesso ao documento sigiloso do processo. O MPES acusava Thiago Nascimento de utilizar "métodos degradantes" para extorquir dinheiro de um empresário indiano que gerencia um fundo bilionário.
Os investigadores identificaram ao menos 19 transações, que somam US$ 1,8 milhão (o equivalente a R$ 8,9 milhões, na época) entre agosto de 2021 e agosto de 2023. Os pagamentos ocorreram via criptomoeda, principalmente, a Ethereum. Isso em troca de uma chantagem que Thiago fazia com o empresário. Segundo o Ministério Público, o veterinário ameaçava tornar público, por meio da imprensa internacional, que o indiano manteve um caso extraconjugal com uma brasileira.
Junto ao mandado de prisão foram cumpridos os de busca e apreensão em endereços ligados ao veterinário: na cabeceira da cama do quarto de um hotel havia uma pistola e um "distintivo CAC do Exército", o que indica que o suspeito teria registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).
Ainda no quarto estavam 92 munições, R$ 14 mil em dinheiro e um "aparelho hacker". O relatório do Gaeco descreve o "Flipper Zero" como "aparelho famigeradamente utilizado por 'hackers', proibido pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)".
No apartamento em que o veterinário morava, em Itapuã, o Gaeco encontrou dois simulacros de granada M67, dois rifles, mais munições e relógios de marcas de luxo, como Rolex e Montblanc.
Na quarta-feira (18), uma dentista de 34 anos identificada como Gabriella Anacleto Kiefer foi presa dentro da própria clínica em Itapuã, Vila Velha, investigada pelo crime de homicídio. No documento do mandado de prisão, consta que ela foi presa preventivamente. Também há um mandado de prisão preventiva para o veterinário pelo mesmo crime.
Ainda não há detalhes sobre as circunstâncias do crime pelo qual os dois são investigados. O que se sabia, até a publicação desta matéria, é que Gabriella foi presa dentro da clínica dela por policiais da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha. Ela foi encaminhada para a Delegacia Regional de Vila Velha, ainda na tarde de quarta-feira, e deu entrada no Centro Prisional Feminino de Cariacica nesta quinta-feira (19).
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta