A câmera de um posto em Cachoeiro de Itapemirim, na região Sul do Espírito Santo, flagrou o momento em que João Vitor Brito da Silva, 24 anos — filho que confessou ter matado o pai — comprava três litros de combustível que seriam utilizados posteriormente, segundo a polícia, para queimar o corpo de Duramir Monteiro Silva, de 56 anos.
As imagens registradas na madrugada do dia 29 de junho foram divulgadas pela Polícia Civil na tarde desta terça-feira (5). Segundo o delegado responsável pela investigação, Felipe Vivas, o corpo de Duramir estava no porta-malas do carro, e foi levado para a cidade de Castelo, região Serrana, onde foi queimado e enterrado. Ainda segundo Vivas, João Vitor utilizou o cartão de crédito do pai para comprar os três litros de combustível.
O crime brutal chocou até a polícia. "Eles colocaram o corpo em uma fossa seca, jogaram 3 litros de combustível no local e atearam fogo duas vezes. De manhã cedo, eles retornaram para Cachoeiro e foram para a padaria tomar café. É uma frieza que assusta”, disse o delegado.
João foi preso na noite desta segunda-feira (4), após confessar o crime. Segundo ele, a namorada foi quem deu a primeira facada após, supostamente, ter sido assediada pelo ciclista. A mulher de 20 anos foi presa nesta terça-feira (5) em um hotel de Cachoeiro. Contra ela havia um mandado de prisão temporária. Apesar disso, o nome dela não foi divulgado pela polícia.
Em coletiva na manhã desta terça-feira (5), o delegado Felipe Vivas contou a versão do filho da vítima e detalhes da ocultação do corpo. A namorada de João Vitor Brito Silva é quem teria dado o primeiro golpe de faca após ter sido, supostamente, agarrada por trás por Duramir.
“Ele disse em depoimento que Duramir teria tentando agarrar a companheira. Vamos apurar se esta foi a motivação ou se há outra, de cunho patrimonial. Antes, ele narra que saiu de casa no dia 28 para a Santa Casa, pois a namorada está grávida, e depois passou em uma farmácia e um bar, mas nesta segunda (4) deu outra versão”, disse Vivas.
Questionado sobre as contradições das versões, o filho confessou o crime e que a namorada teria dado a primeira facada. Segundo o delegado, após o primeiro golpe, o filho continuou com as agressões.
A casa onde o ciclista morava com o filho foi limpa por João Vitor e a namorada com alvejante e outros produtos de limpeza, mas a perícia da polícia acusou que havia sinais de sangue por várias partes da casa e no veículo.
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