A conclusão das investigações do atropelamento que resultou na morte de Luísa Lopes, de 25 anos, na orla de Camburi, em Vitória, em abril deste ano, comprovaram que a jovem estava passando de bicicleta na faixa de pedestres quando foi atingida por carro conduzido pela corretora de imóveis Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos. Uma análise preliminar da Prefeitura de Vitória na época apontava que a modelo estava fora da faixa.
A análise da Secretaria Municipal de Segurança Urbana (Semsu) do momento do acidente indicava que a jovem atravessava a via de bicicleta fora da faixa de pedestres e que o semáforo estava aberto para os motoristas quando a tragédia aconteceu.
As investigações da Polícia Civil mostraram que Luísa Lopes estava, sim, na faixa de pedestres e se afastou somente quando percebeu que o veículo se aproximava dela em alta velocidade. O impacto ocorreu fora da faixa, conforme o inquérito policial, e o veículo da corretora de imóveis estava em uma velocidade superior a 72 km/h, acima do limite permitido na via (60 km/h). A colisão fez a modelo ser lançada a 40 metros de distância.
Imagens do sistema de videomonitoramento do segundo bar onde a corretora esteve mostram o consumo de cerveja e vodca. É possível ver que ela bota a cerveja no copo dela e consome. Ao todo, segundo a polícia, ela levou o copo à boca durante 23 vezes.
Posteriormente, ainda segundo a polícia, ela fez ingestão de outra bebida, vodca. A comanda mostra que a vodca foi paga por um indivíduo da mesa ao lado de Adriana. A análise mostrou que a Adriana levou o copo de vodca 20 vezes na boca em 1h22. O homem que serve a vodca levou, pelo menos, quatro copos da bebida para a condutora do veículo.
Segundo o delegado Mauricio Gonçalves, tanto o individuo oferece, como ela pede mais a ele. O último copo foi servido cerca de 10min antes do atropelamento ocorrer na Avenida Dante Michelini.
A modelo Luísa Lopes morreu após ser atropelada na Avenida Dante Michelini, na altura do bairro Jardim da Penha, em Vitória. O acidente aconteceu na noite de 15 de abril de 2022. O carro que atingiu a ciclista seria dirigido pela corretora Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos.
Na data do atropelamento, a motorista foi presa em flagrante por embriaguez ao volante. Segundo a Polícia Militar, ela apresentava sinais de embriaguez e se negou a fazer o teste do bafômetro. No dia seguinte, ela pagou uma fiança de R$ 3 mil e deixou a prisão, mas deve obedecer algumas medidas restritivas.
Para conceder a liberdade provisória, o magistrado José Leão Ferreira Souto considerou a ausência de antecedentes criminais e a própria autuação. Na decisão, o juiz destacou que policiais afirmaram ter recebido, no local do acidente, a informação de que outro carro teria atropelado a modelo. A Polícia Civil descartou essa hipótese no inquérito policial e disse que as marcas de batida no carro da corretora ocorreram antes do acidente.
No dia 19 de abril, A Gazeta teve acesso a imagens de videomonitoramento da Prefeitura de Vitória que mostram o momento do acidente.
Dias após Adriana ser solta, amigos e familiares da Luísa Lopes fizeram um protesto para pedir por Justiça. Durante o ato, os manifestantes seguraram cartazes, pintaram parte do asfalto de vermelho e penduraram uma bicicleta no poste para chamar atenção para a morte da modelo.
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