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Vídeo mostra momento em que casal é assassinado em Santa Leopoldina

Vídeo mostra momento em que casal é assassinado em Santa Leopoldina

Imagens divulgadas pela polícia mostram quando José Carlos Rocha Rodrigues Marinho entra no sítio onde moravam Marinelva Venturim de Paula e o estilista Dali Atashi, conversa com o casal e, por último, deixa o local após matar a advogada e o marido

Publicado em 21 de abril de 2021 às 11:59

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Imagens de câmeras mostram momento em que casal é assassinado em Santa Leopoldina
Imagens de câmeras mostram o momento em que casal é assassinado em Santa Leopoldina. (Divulgação/Polícia Civil)

Polícia Civil divulgou na manhã desta quarta-feira (21) as imagens das câmeras de videomonitoramento que mostram o momento em que a advogada Marinelva Venturim de Paula e seu marido, o estilista iraniano Dali Atashi, são assassinados no sítio em que moravam em Santa Leopoldina, na Região Serrana do Estado, no último fim de semana. José Carlos Rocha Rodrigues Marinho está preso e confessou à polícia ter matado os dois, que eram seus vizinhos. Veja o vídeo:

As imagens mostram José Carlos entrando no sítio onde moravam Marinelva e Dali. Em seguida, as câmeras mostram quando ele conversa com o casal e, por último, deixando o sítio com a arma na mão após ter assassinado as vítimas.

PRISÃO

Após receber denúncia anônima, a Polícia Militar conseguiu localizar o acusado em um sítio na localidade de Pedra Alegre, em Santa Teresa. José Carlos estava em uma varada, em frente à residência. O homem não ofereceu resistência e confessou o crime. Ele disse ter matado o casal com um revólver calibre 38, que, de acordo José, foi jogado em um rio após o duplo homicídio.

"Recebemos uma denuncia através da patrulha rural de Santa Teresa, que indicava que o indivíduo estaria escondido em uma localidade rural de difícil acesso, de nome Pedra Alegre, em Itarana, já na divisa com Santa Teresa. Chegando no local, depois de muita dificuldade, conseguimos fazer a abordagem e não demos nem oportunidade para ele reagir. Conversando, de modo muito natural, ele contou friamente que tinha cometido esse duplo homicídio", relatou o Major Márcio Cunha Cabral. 

DESENTENDIMENTOS 

Segundo o delegado Leandro Barbosa, titular da Delegacia de Santa Leopoldina,  o acusado teve pelo menos quatro desentendimentos com Dali Atashi, do qual é vizinho em uma propriedade rural em Santa Leopoldina. O último episódio teria acontecido na véspera do crime, no último sábado (17). Entre os motivos que levaram ao crime, estaria a disputa por conta de um curso-d'água que passa próximo ao terreno dos dois moradores.

"As investigações apontam algumas desavenças com a vítima, o senhor Dali. Ele decidiu matar o Dali por causa de quatro incidentes: uma aquisição de terreno, que depois foi desfeita; por causa também de uma passagem de canos sem autorização e o Dali teria retirado esses canos; o Dali ter repreendido as crianças do autor por estarem no terreno que tinha tanque profundo e poderia gerar uma tragédia; e por último a alegação do autor de que no dia anterior, no sábado (17), o Dali teria passado de carro pela estrada e mostrado uma arma de fogo para o autor. Naquele momento o autor teria decido tirar a vida da vítima a todo custo. Essa era a intenção dele. E matou a senhora Marinalva simplesmente porque ela estava no local, nada relacionado a profissão dela (advogada)", contou o delegado.

José Carlos Rocha contou aos policiais que chamou o iraniano para conversar do lado de fora de sua casa. Quando Dali e a esposa, Marinelva, saíram próximo ao portão, o acusado efetuou três disparos no marido. Em seguida, atirou duas vezes contra a esposa. 

"Nitidamente trata-se de um ser humano frio, que em nenhum momento mostrou traços de arrependimento ou de compaixão. Ela sabia que as vítimas eram pessoas de idade. Ele mostra que já estava premeditando ceifar a vida do Dali e não demonstra arrependimento algum. Até porque ele diz que mataria e fugiria", afirmou o delegado.

José Carlos Rocha Rodrigues Marinho vai responder por homicídio qualificado, por motivo banal e sem possibilidade de defesa das vítimas.

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