Imagens de videomonitoramento obtidas pela reportagem da TV Gazeta mostram o momento em que quatro criminosos invadem e um ônibus no Parque Moscoso, em Vitória, e ateiam fogo no veículo. O fato ocorreu por volta das 17h desta terça-feira (11) e era a quinta ação criminosa que levou o terror para as ruas da Capital. Ao todo foram realizados oito ataques, sete deles a coletivos.
Nas imagens é possível verificar que o ônibus estava parado no ponto de ônibus. Próximo ao local um grupo de quatro homens estava sentado na calçada, aparentando serem moradores de rua. Passageiros estavam próximos à porta da frente do coletivo aguardando o momento do embarque e ainda ônibus de outras linhas.
É o momento em que um dos homens, com camisa azul e uma mochila – ele parece liderar o grupo – se levanta e começa a dar ordens aos demais. Ele vai em direção ao ônibus. Os outros três o acompanham. Dois deles seguem para a parte de trás do veículo e um deles coloca um pano no rosto.
Na sequência, os passageiros percebem a ação dos criminosos, se desesperam e começam a fugir do local. Logo depois o vídeo mostra o momento em que o motorista deixa o veículo.
Na sequência, os criminosos também saem do coletivo, se reúnem do lado de fora e fogem do local. As chamas tomam conta do ônibus, que foi destruído.
Até o final da noite desta terça-feira (11), seis ônibus foram incendiados e outro foi metralhado. Atividades foram suspensas em escolas e comércio. Entre as pessoas, o medo se espalhou.
A Capital capixaba (e também a Serra) sofreu uma série de ataques orquestrados pelo Primeiro Comando de Vitória (PCV), principal organização criminosa do Espírito Santo, cuja marca de destruição pode ser vista em inúmeras regiões da cidade.
A informação é de que os ataques foram motivados pela morte de um jovem de 26 anos, identificado como Jonathan Candida Cardoso, ocorrida em confronto com a Polícia Militar na noite desta segunda-feira (10), no bairro Bonfim. Ele seria o segurança do criminoso mais procurado do Espírito Santo, Fernando Moraes Pereira Pimenta, conhecido como Marujo – chefe do tráfico de drogas no Bairro da Penha.
De acordo com a PM, equipes policiais se deslocaram até o local após receber uma denúncia de que o traficante estaria na região com seguranças armados, entre eles o suspeito que foi morto, planejando efetuar ataques a gangues rivais.
Horas depois da morte de Jonathan, um grupo fechou a Avenida Marechal Campos, próximo ao Bonfim. Segundo a Polícia Militar, a maioria dos integrantes era mulher. Elas gritaram contra os policiais e acabaram se dispersando quando o efetivo aumentou no local. Na sequência foram ocorrendo ataques em vários pontos da Capital.
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