Um vigilante de 49 anos foi preso, na tarde desta segunda-feira (6), suspeito de perseguir e ameaçar a cunhada, uma mulher de 47 anos, e fazer cenas obscenas para as filhas dela no Centro de São Mateus, no Norte do Espírito Santo. Segundo a Polícia Civil, a vítima tinha uma medida protetiva de urgência contra o suspeito e, após ela ir duas vezes a delegacia comunicar que o homem insistia em descumprir a ordem judicial, a corporação pediu a prisão preventiva dele.
Titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de São Mateus, a delegada Gabriella Zaché dos Santos disse que a vítima relatou que, mesmo após a medida protetiva, ela continuava sendo ameaçada pelo vigilante.
“No dia 26 de abril, a vítima esteve na unidade e declarou que o indivíduo nunca cumpriu a medida protetiva, que ele a xingava, perturbava e ameaçava. Mesmo após a concessão da medida protetiva, o suspeito ficava próximo à residência dela, de forma a intimidá-la”, contou a delegada.
Quase um mês depois, no último dia 20 de maio, a mulher voltou à unidade para relatar que novamente o homem estava descumprindo a medida protetiva. Ela disse que até as filhas dela estavam sendo vítimas do vigilante.
“A vítima relatou que ele xingava dizendo que ninguém iria tirar ele de dentro do quintal, que ele mandava no local, chegando a dizer que só sairia de lá morto e iria aterrorizar. Neste dia, a vítima declarou que ele ficava fazendo cenas obscenas para ela e suas filhas e que ele continuava com ameaças”, disse.
Após o mandado de prisão contra o homem ser expedido pela 3ª Vara Criminal de São Mateus e cumprido, o suspeito foi conduzido à 18ª Delegacia Regional de São Mateus, e, posteriormente, encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) do município.
A titular da Deam de São Mateus orienta que mulheres que forem vítimas de violência doméstica e familiar ou que estejam em um relacionamento abusivo, denunciem a situação.
“Orientamos que as vítimas procurem a delegacia para registrar o boletim de ocorrência, para que os autores dos fatos sejam devidamente investigados e responsabilizados por seus atos. A mulher que tem deferida uma medida protetiva em seu favor e o agressor a estiver descumprindo, deve comunicar ao fato à polícia e ao judiciário para ele responder também pelo crime de descumprimento de medida protetiva de urgência. Além disso, se o agressor estiver cometendo o crime naquele momento, a Polícia Militar deve ser acionada por meio do 190”, explicou a delegada Gabriella Zaché dos Santos.
As denúncias de casos de violência doméstica e familiar também podem ser feitas por meios do Disque-Denúncia 181 e do Disque 180, que é a central de atendimento à mulher do Governo Federal.
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