Um homem de 45 anos aproveitou a confiança na vizinhança para fazer mãe e filho reféns por cerca de cinco horas dentro da casa da família no bairro Santa Cecília, em Cariacica, na noite de domingo (20). O suspeito do crime usou uma faca para fazer ameaças e, conforme boletim de ocorrência da Polícia Militar, seria conhecido das vítimas. Quem denunciou a ação criminosa foi a irmã do indivíduo, que mora em uma residência perto do local do fato.
De acordo com a Polícia Militar, a corporação foi acionada para uma possível ocorrência de Lei Maria da Penha no bairro Santa Cecília. No local, os militares conversaram com uma mulher de 50 anos, que disse que o irmão estava em surto e teria invadido a casa de uma vizinha, uma mulher de 44 anos, mantendo ela e o filho, de 24, reféns. De acordo com apuração da TV Gazeta, o suspeito entrou na residência com autorização da proprietária, uma vez que era conhecido da família. A ação criminosa, no entanto, foi surpreendente.
A equipe teria tentado um primeiro contato com o suspeito, mas ele se recusou a negociar, ameaçando as vítimas com uma faca caso alguém entrasse. Foi solicitado, então, o apoio do Batalhão de Missões Especiais (BME), que iniciou o procedimento de negociação e conseguiu que o suspeito liberasse a família. O homem de 45 anos foi conduzido à Delegacia Regional de Cariacica, segundo a Polícia Militar.
A zeladora de 44 anos relatou à TV Gazeta que o homem pediu para dormir na casa dela. Ela, então, separou um local na casa para que ele dormisse. A vítima contou como foram os momentos dentro de casa na presença do criminoso. Ela não descarta pedir uma medida protetiva caso o suspeito seja solto.
A Polícia Civil informou que o homem de 45 anos foi autuado em flagrante por "privar alguém de liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado, qualificado por causar grave sofrimento físico ou moral à vítima, em decorrência de maus-tratos ou da natureza da detenção". Ele foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana (CTV).
A reportagem perguntou à Polícia Civil sobre a condição do suspeito, já que a irmã afirma que ele estaria em surto no momento do crime. A corporação ressaltou que a "análise do fato realizada em plantão de polícia judiciária é baseada nas informações disponíveis naquele momento" e que cabe à autoridade policial fundamentar o entendimento "a partir de uma análise preliminar e sumária da situação".
Após essa etapa, de acordo com a Polícia Civil, o procedimento é encaminhado ao Judiciário. Caso o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) entenda ser necessário realizar novas diligências, o procedimento retorna à Polícia Civil para a continuidade das investigações. A Gazeta procurou o MPES para ter mais informações a respeito do caso. O texto será atualizado assim que houver um retorno.
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