Mais de dois meses depois de ter começado, chegou ao fim nesta segunda-feira (9) o acampamento de bolsonaristas na entrada do 38° Batalhão de Infantaria do Exército, na Prainha, em Vila Velha, pedindo golpe de estado e intervenção militar. O ato começou após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições 2022 e foi completamente desmobilizado nesta segunda pela polícia após determinação judicial.
Dois integrantes do movimento foram presos em flagrante pela Polícia Militar durante a ação de desocupação do acampamento golpista na área. Eles foram levados em um ônibus para a Superintendência da Polícia Federal em Vila Velha.
Os homens, um de 48 anos e o outro de 52, não tiverem os nomes divulgados. Eles foram indiciados pela PF e encaminhados ao sistema prisional capixaba.
As forças de segurança começaram a chegar para desmontar o acampamento após a 15h, incluindo o Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar. A Polícia Civil também esteve no local, periciando e fotografando toda a área ocupada pelos bolsonaristas. Toda a área foi limpa.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, explicou que assim que foi informado da decisão do STF, organizou reuniões para detalhar a ação. Um encontro foi realizado por volta das 10h e outro às 13h. No planejamento, a Sesp usou o videomonitoramento da prefeitura e ficou definido que a Guarda Municipal faria interrupção das vias para a ação. Já a Polícia Militar destinou o BME e o Batalhão de Ação com Cães para fazer e desmobilização.
"Quando chegamos havia poucas pessoas no local. A determinação era que se houve participante dos atos eles deveriam ser presos em flagrante. Dois indivíduos foram questionar os policiais durante a ação e colocar o ponto de vista deles. Se identificaram com participantes do movimento e por isso foram conduzidos para a sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos", explicou Ramalho.
A saída dos grupos havia sido determinada em decisão desta madrugada do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, um dia depois dos atos terroristas provocados por bolsonaristas radicais nas sedes dos três Poderes em Brasília. Logo depois também foi requisitada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
Diante das determinações, os grupos começaram a sair pacificamente do local e tirando as barracas, mesas, caixas e freezers do local no final da manhã desta segunda. E o movimento de retirada continuou durante a tarde, quando as forças de segurança chegaram para desmobilizar por completo o ato e desmontar o acampamento.
Equipes da prefeitura de Vila Velha também acompanharam o trabalho de retirada dos integrantes do acampamento. Caminhões retiraram paletes, tendas e madeiras. O trabalho foi feito com proteção de policiais militares. As faixas que ficavam entre as árvores também foram retiradas pela equipe da prefeitura.
Os garis da prefeitura retiraram barracas, tendas. caixotes e paletes de madeira, além de faixas. A polícia acompanhou toda a ação e isolou o local. A limpeza foi concluída por volta das 16h30.
Na semana passada, depois da posse do presidente Lula (PT) o acampamento que ficava do outro lado da via, no gramado de 6 mil metros quadrados do parque da Prainha já tinha sido desmontado e a prefeitura recolheu pallets e demais lixos deixados pelos bolsonaristas.
Na ocasião, a Prefeitura de Vila Velha havia informado que o custo da retirada do lixo e replantio da grama vai ser contabilidade e o valor deve ser cobrado dos organizadores dos grupos.
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