Um lote de 50 mil testes para coronavírus comprado pelo governo do Estado, para ser usado na estratégia de montar um mapa de risco no Espírito Santo, e que viria da China, foi desviado. O carregamento ainda não foi enviado e vai atrasar em cerca de uma semana, de acordo com o governador Renato Casagrande (PSB). A expectativa era de que esses testes tivessem chegado no Estado no último final de semana.
O governador citou este transtorno como um dos exemplos na disputa mundial que está ocorrendo para a compra de equipamentos e testes contra a Covid-19.
"Compramos 50 mil testes que vinham da China, que seriam embarcados para vir para o Espírito Santo, que chegariam no domingo (ontem), e a carga foi desviada para outro lugar. O fornecedor disse que foi força maior, por decisão superior à dele, essa carga foi para outra finalidade. Mas vejam como está uma disputa por respiradores, por equipamentos, e é uma preocupação".
Casagrande disse que a compra não foi perdida, e que o novo prazo dado pelo fornecedor foi de 7 dias. Nesta segunda-feira (13), o Estado fez 88 testes, e 33 deram positivo. Além disso, mais duas mortes também foram registradas. Ele também voltou a admitir que o número de respiradores que há no Estado ainda não é o suficiente para enfrentarmos a pandemia.
"Na 1ª semana de abril, o número de pessoas internadas no hospital Jayme dos Santos Neves era a mesma quantidade de todo o mês de março. O número de respiradores ainda não é suficiente, porque tem as outras enfermidades, que continuam. É preciso que a gente compre mais. Buscamos onde tem, não está fácil encontrar. Nossa realidade é melhor do que a grande maioria dos Estados, mas ainda é insuficiente", afirmou.
Segundo o governador, além das tentativas da compra dos respiradores para chegar a abertura de 400 leitos até julho, o governo fez parcerias com as universidades e Instituto Federal para fazer manutenção em respiradores que estão parados em todos os hospitais (próprios, filantrópicos, privados).
Na última semana, o governador explicou que com esta compra de 50 mil testes, seriam testadas pessoas com sintomas de virose ou pessoas assintomáticas, com a estratégia de testar muito para montar um mapa de risco no Espírito Santo, que possa ser acessado via site do governo, com registros de macrorregiões, municípios e até bairros.
"Vamos medir se há risco leve, moderado, severo ou extremo de cada local, até por bairros, onde podemos tomar mais cuidados e fazer ações mais precisas. Porém, para termos esse mapa, precisamos de mais dados. É necessário testar para saber se o coronavírus está presente no local. A metodologia está pronta e bem feita para projetar o mapa e os leitos hospitalares que serão necessários", explicou o governador.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta