Com passagens pelo PP de Paulo Maluf e pelo PTB de Roberto Jefferson, o presidente da República, Jair Bolsonaro, não "esquenta banco" em partidos políticos. Prestes a deixar o PSL e migrar para o 9º partido de sua carreira política iniciada em 1988, o capitão tem uma intrigante marca de 3,7 anos em cada sigla.
Após a guerra no PSL pelo controle do Fundo Partidário e o desgaste provocado pela crise dos laranjas, Bolsonaro deve criar o partido Aliança Pelo Brasil, algo que os próprios aliados dão como certo. A entrada dele nos quadros do atual partido foi formalizada em março de 2018, menos de dois anos atrás.
A infidelidade de Bolsonaro a partidos é maior que a de todos os presidentes, desde José Sarney. Michel Temer é do MDB desde 1981. Dilma Rousseff participou da criação do PDT e migrou para o PT em 2000, onde permanece. Lula está no PT desde que fundou a sigla, em 1980.
Fernando Henrique Cardoso teve ficha no MDB e no PSDB, apenas. Itamar esteve no PTB e no MDB, e foi presidente por este.
A flexibilidade partidária de Bolsonaro só guarda paralelo com a de Fernando Collor. O hoje senador pelo Pros passou também por Arena, PDS, MDB, PRN, PRTB, PTB e PTC. Contudo, os oitos partidos foram frequentados por ele ao longo de uma carreira política mais longa que a de Bolsonaro, iniciada em 1979 como prefeito de Maceió.
Os partidos pelos quais Sarney passou, desde a década de 1950 são cinco: UDN, Arena, PDS, PFL e MDB. As informações sobre os históricos dos presidentes foram consultadas no FGV/CPDOC. Os partidos políticos de Bolsonaro:
1988 - 1993
1993 - 1995
1995 - 2003
2003 - 2005
2005
2005 - 2016
2016 - 2018
2018 - atualmente.
É o partido que Bolsonaro pretende criar após guerra interna no PSL pelo comando da sigla.
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