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A Gazeta e CBN criam podcast para discutir caminhos da democracia

A Gazeta e CBN criam podcast para discutir caminhos da democracia

Com o historiador Rafael Simões, o conteúdo em áudio é disponibilizado em várias plataformas. No site, estreia será nesta quarta-feira (31)

Publicado em 30 de agosto de 2022 às 15:59

 - Atualizado há 3 anos

Podcast sobre democracia
Podcast traz debate sobre a democracia Crédito: Arte/Geraldo Neto

Um termo com tanto significado e, ao mesmo tempo, tratado de maneira abstrata, a democracia entrou no vocabulário das pessoas mais intensamente num contexto político nacional em que os princípios democráticos precisam ser reafirmados todos os dias. A relevância da pauta, portanto, exige a mobilização de todos. Para contribuir com esse debate, A Gazeta e a CBN Vitória criaram um podcast que resgata a história, discute desafios e aponta caminhos para preservar a democracia. 

Com o apoio do doutor em História e professor Rafael Simões, o podcast "Democracia: que história é essa?" vai ser apresentado em uma série de sete programas até o final do primeiro turno.

No site de A Gazeta, vai estrear nesta quarta-feira (31). Na CBN Vitória, sempre às segundas-feiras, às 11 horas. A frequência será semanal. Se houver segundo turno, novos capítulos vão ser adicionados à programação. 

Editora-executiva e âncora da CBN Vitória, Fernanda Queiroz conduz o bate-papo com Simões. A jornalista conta que a sugestão de preparar um conteúdo especial sobre o assunto partiu do professor, mas que a ideia do projeto foi logo adotada pelos veículos da Rede Gazeta dada a importância de falar sobre a democracia.

"Queríamos alguém que explicasse o que é democracia, que ela não é momentânea, mas sim foi construída desde a antiguidade. Mostrar a participação do povo nesse processo. Aliás, queríamos fortalecer esse sentimento, enaltecer a importância do povo nessa construção", frisa Fernanda Queiroz. 

A editora-chefe de A Gazeta, Elaine Silva, observa que estamos num momento muito importante para a história do país, em que existe uma polarização política, mas também uma grande oportunidade de valorizar a democracia.

"Sabemos que nem todo mundo sabe o que significa essa palavra em seu contexto maior, como mudou rumos da história e como pode determinar nosso futuro. Por isso, a proposta do historiador Rafael Simões nos deixou muito animados em gerar um conteúdo que possa alcançar o máximo de pessoas possíveis, pela rádio CBN Vitória e site A Gazeta em todas as suas plataformas", ressalta. 

Por isso, logo no primeiro episódio o tema é "O que é a democracia, afinal?", provoca a discussão sobre os sentidos e interpretações da palavra ao longo da história. 

Rafael Simões, doutor em História e professor Crédito: Carlos Alberto Silva / A Gazeta

Questionado sobre a motivação para trazer o tema ao debate, Rafael Simões avalia que o momento no Brasil e no mundo, em que a democracia sofre reveses, exige essa discussão. 

"Uma parte dessas ameaças é fruto de falhas da própria democracia e de grupos que se aproveitam das liberdades democráticas, do espaço que ela concede a todos nós, para se voltar contra a própria democracia, com discurso muito equivocado sobre o que ela é", pontua. 

O historiador diz que também gosta de ressaltar que a democracia não é um regime de liberdade absoluta porque existem regras a serem respeitadas para o convívio em sociedade. "Por isso, é muito significativo ter espaço para discutir um pouco da história da democracia para perceber os avanços, os problemas que existem, as dificuldades", reforça. 

Rafael Simões acredita que o principal desafio, particularmente no Brasil, é enfrentar as desigualdades, não apenas no campo socioeconômico, mas também de gênero, de etnias, da relação com os idosos e as crianças, com o meio ambiente. 

"Com a democracia, podemos recuperar essa capacidade mudancista para fazer reduzir as desigualdades. Essa é a grande chave, o grande desafio. Não estou dizendo que dá para fazer tudo de hoje para amanhã, mas precisamos sentir num horizonte de tempo razoável perspectivas melhores. Hoje, o horizonte é muito nebuloso", atesta. 

Em sua opinião, alcançar um futuro melhor pode partir de diferentes projetos, como os liberais, socialistas, sociais-democratas, enfim, há na própria Constituição Federal esse ideal de mudança.

"Então, volto ao meu modo de ver o mundo, do ponto de vista histórico. Só vamos conseguir recuperar isso, esse espírito mudancista, quando tivermos compreensão do que é a democracia, as oportunidades que traz, os limites que tem. Assim, evitamos repetir erros ou ficar sonhando com um universo paralelo", finaliza. 

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