Um dos fundadores do PT no Espírito Santo, o candidato a prefeito de Vitória João Coser (PT) afirmou, em entrevista para A Gazeta, nesta sexta-feira (18), que não esconde a relação de amizade que tem com o ex-presidente Lula.
"Eu sou do Partido dos Trabalhadores há 40 anos. Acho uma ignorância qualquer ser humano negar as amizades. O Lula tem relação de amizade comigo a vida inteira", declarou.
O líder petista apareceu na propaganda eleitoral de Coser na TV em dois momentos no primeiro turno, um deles no dia do aniversário do ex-presidente, após orientação do diretório nacional do PT. Coser afirmou que homenageou Lula por considerar que a data era digna de homenagem e que não foi forçado a inclui-lo em sua campanha.
"Alguém mandou uma mensagem lembrando do aniversário, para quem pudesse comemorar, e eu comemorei com muito prazer. Não foi uma forçação de barra, nem nada. Foi uma coisa do João, o amigo."
A estrela e a cor vermelha, dois símbolos do PT, ficaram em segundo plano na campanha de Coser para Prefeitura de Vitória. Questionado sobre uma tentativa de esconder o partido, que sofre uma rejeição alta na Capital, ele afirmou que nunca teve intenção e que orgulha-se da história do PT.
"Não ficou escondido. Eu tenho 40 anos de PT. Acho que estrela sou eu, né? Estou discutindo a cidade de Vitória, não estou em uma convenção partidária. Nunca escondemos a nossa história, pelo contrário, temos orgulho da nossa história", afirmou. Ele pediu, contudo, que eleitores relevem a questão partidária na hora de votar.
"O partido todo mundo tem, um gosta mais, outros gostam menos. Relevem essa questão, o João tem uma história, eu fiz muito em Vitória, cuidei muito da cidade. Não tem necessidade de botar o PT no debate", declarou.
Coser também afirmou que, caso seja eleito, vai enfrentar a pandemia de Covid-19 baseado na ciência e que, com o governo estadual, vai trabalhar para a aplicação da vacina.
O ex-prefeito também foi questionado sobre o projeto do metrô de superfície, uma das marcas de sua campanha em 2008, mas que não saiu do papel. O petista afirmou que o governo estadual optou pela implementação do BRT e que ele não teria condições, hoje, para defender seu projeto.
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