O Espírito Santo e o Brasil vão ter os titulares do segundo cargo mais alto do Executivo ocupando também cargos de liderança na administração direta. O vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço (PSDB), vai acumular o cargo de secretário de Estado de Desenvolvimento na gestão de Renato Casagrande, enquanto o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) será também Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do governo Lula.
Mas será que, ao acumular funções nas administrações federais e estaduais, os vices também recebem dois salários? A reposta é não. Em nenhum dos dois casos, os políticos vão receber duas remunerações.
Ainda resta uma pergunta: eles vão receber salário referente a qual cargo que vão ocupar, o de vice ou o de secretário, no caso de Ferraço, e o de vice ou o de ministro, no caso de Alckmin? Como os postos mais importantes continuam sendo o de vice-governador e de vice-presidente, os salários que ambos vão ganhar são os relativos a esses cargos.
Na prática, só há diferença de salário entre as funções no âmbito estadual, já que o salário de vice-presidente e presidente são iguais aos dos ministros de Estado.
Segundo a Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), no caso de Ferraço assumindo uma secretaria, é feita a opção da remuneração de um dos cargos, não havendo acumulação de salário.
O assunto chegou a ser tema em tom de brincadeira na ocasião que Casagrande anunciou que Ricardo Ferraço iria assumir uma secretaria. Durante a coletiva, Casagrande já tinha frisado que seu vice não iria acumular os salários.
E não é a primeira vez que Ferraço vai ocupar dois postos de trabalho no Executivo estadual. Quando foi eleito vice em 2007, no governo Paulo Hartung, Ferraço passou a responder também pela Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop).
A remuneração dos membros do Congresso Nacional, do presidente e do vice-presidente da República e dos ministros de Estado agora são iguais após a aprovação de um projeto pelo Congresso Nacional no final de dezembro. Dessa forma, o presidente, vice-presidente, ministros, deputados e senadores recebem o mesmo salário, descrito acima.
Os vices são os primeiros na linha sucessória dos mandatos e podem assumir temporariamente em diversas situações como doenças, viagens e outros.
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