Apoiadores do Aliança pelo Brasil, partido que está sendo criado pelo presidente Jair Bolsonaro, conseguiram bater o mínimo de 0,1% de assinaturas de eleitores capixabas para viabilizar a legenda. Segundo o responsável pela comunicação do novo partido, Sérgio Lima, o Espírito Santo já ultrapassou a marca de 5.799 assinaturas, o que representa 60% da meta almejada por Bolsonaro para o território capixaba.
O partido precisa de 492 mil assinaturas no Brasil, o que representa 0,5% dos votos válidos do eleitorado brasileiro na última eleição para a Câmara dos Deputados. Para ser criado, é necessário ter apoiadores em ao menos nove Estados, com um mínimo de 0,1% do eleitorado destas unidades da federação.
A cota mínima no Espírito Santo era de 1.933 assinaturas, que já foram batidas. Os organizadores buscam agora alcançar a meta de 9.665 apoiadores, cerca de 0,5% do eleitorado capixaba. Para Lima, a expectativa é que a meta seja atingida no Estado, já que Bolsonaro teve boa votação por aqui em 2018. No segundo turno, foram 63% dos votos válidos destinados ao atual presidente, o que equivale a 1,2 milhões de votos.
A gente está bastante esperançoso para o Espírito Santo, pois atingimos 60% sem realizar nenhuma ação específica. Além disso, esse número não contabiliza ainda as fichas físicas feitas em cartório que não voltaram para a gente. Também estamos em um período de volta de férias, de festas de fim de ano. Tem muita gente que está começando a se inteirar agora para fazer o seu apoiamento e registrar em cartório, analisa.
Segundo ele, no restante do Brasil, o percentual de apoiamentos também é de 60%. O número é comemorado internamente, mas a equipe responsável por agilizar o processo de criação do partido quer manter os pés no chão. Principalmente em relação a possibilidade do Aliança pelo Brasil já estar apto para disputar as eleições de 2020.
Não vamos colocar a expectativa lá em cima. Vamos tentar fazer o número mínimo para conseguir criar o partido. Nosso foco é trabalhar para conseguir o máximo de assinaturas que for possível, afirma.
Vitória foi anunciada como uma das 25 capitais onde haverão eventos de promoção do Aliança pelo Brasil. O evento estava previsto para o dia 14 de fevereiro, mas, por conta das situação de calamidade de alguns municípios do Sul do Espírito Santo por causa das chuvas, os organizadores decidiram adiar para o dia 29 de fevereiro. Há uma possibilidade, ainda que remota, de que o presidente possa comparecer ao evento, que acontecerá no Centro de Convenções de Vitória.
Contudo, a própria executiva do Aliança reconhece que a presença dele é "praticamente impossível". Dos sete encontros já realizados, apenas em Brasília ele se fez presente. Nos outros Estados, ele tem participado através de transmissões ao vivo ou gravando vídeos para serem exibidos. Quem tem participado dos eventos é a advogada do presidente e responsável pela parte jurídica da criação do partido, Karina Kufa; o responsável pela comunicação da legenda, Sérgio Lima; e o vice-presidente do Aliança, Luís Felipe Belmonte.
Para um partido ser criado é preciso fazer um pedido para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com as assinaturas de ao menos 101 membros fundadores, distribuídos em nove Estados.
Após este passo, o partido tem dois anos para apresentar ao TSE um número mínimo de 0,5% do eleitorado brasileiro. Para essa conta, são utilizados os votos válidos da última eleição para a Câmara dos Deputados. Assim, o partido de Bolsonaro, por exemplo, precisa de 491.967 assinaturas em todo o país.
Após reunir as assinaturas necessárias, o processo é encaminhado para a Justiça Eleitoral, que irá checar se não há irregularidades nos documentos enviados e se eles preenchem os requisitos.
O próximo passo é registrar o estatuto e órgão de direção nacional do partido no TSE. É nesta parte do processo que o partido deve indicar o nome, a sigla e o número de legenda pretendido.
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