Ao menos 21 deputados estaduais apoiam a reeleição de Erick Musso (Republicanos) como presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Esse é o número de parlamentares que assinaram uma lista de apoio e comprometimento à recondução dele na Casa. A eleição da Mesa Diretora será realizada na próxima segunda-feira (1º). Ao todo, a Assembleia é composta por 30 parlamentares e 16 votos bastam para chancelar a vitória.
Sem adversários na disputa e com o apoio do governador Renato Casagrande (PSB), a reeleição de Erick é dada como certa. Ele vai comandar a Casa no próximo biênio, que vai de fevereiro de 2021 até janeiro de 2023.
Segundo apurou a reportagem de A Gazeta, já assinaram a lista de apoio a Erick os deputados estaduais Freitas (PSB), Dary Pagung (PSB), Coronel Quintino (PSL), Marcelo Santos (Podemos), Bruno Lamas (PSB), Luciano Machado (PV), Emílio Mameri (PSDB), Marcos Garcia (PV), Vandinho Leite (PSDB), Torino Marques (PSL), Rafael Favatto (Patriota), Carlos Von (Avante), Capitão Assumção (Patriota), Danilo Bahiense (sem partido), Hércules Silveira (MDB), Hudson Leal (Republicanos), José Esmeraldo (MDB), Marcos Mansur (PSDB), Janete de Sá (PMN), Adilson Espíndula (PTB) e Renzo Vasconcelos (PP).
Oito nomes ainda não assinaram a lista: Fabrício Gandini (Cidadania), Alexandre Xambinho (PL), Iriny Lopes (PT), Luiz Durão (PDT), Marcos Madureira (Patriota), Raquel Lessa (Pros), Sergio Majeski (PSB) e Theodorico Ferraço (DEM). Há a expectativa de que alguns deles entrem na relação de apoiadores, mas ainda não houve conversas com o presidente nesse sentido.
Com Erick Musso virtualmente eleito, o que ainda não tem definição são os nomes dos deputados que vão ocupar os outros cargos da Mesa Diretora. A disputa para sentar nas cadeiras de 1º e 2º secretários se tornou ainda mais importante, já que o próprio Erick se comprometeu a colocar em pauta um projeto que revoga os "superpoderes" do presidente na Assembleia. A proposta, para entrar em vigor, precisa da aprovação do plenário.
Desde fevereiro de 2019, o presidente – no caso, o próprio Erick, desde então – pode assinar atos políticos e administrativos sem o aval de outros parlamentares. Caso a regra seja revogada, o 1º ou o 2º secretário terão que assinar os atos – como nomeações e medidas internas – junto com o presidente.
O governo do Estado já sinalizou que vai apoiar Erick e recuou da construção de uma chapa para a presidência, que seria encabeçada pelo líder do governo, Dary Pagung. Casagrande quer ter aliados ao lado do presidente da Assembleia e aguarda um desenho da composição da Mesa, que está sendo construída pelo presidente da Casa.
A ideia, segundo deputados ouvidos pela reportagem, não é “autorizar” a chapa escolhida por Erick, mas que o governo não seja pego de surpresa, como aconteceu em novembro de 2019, com a antecipação da eleição da Mesa, que elegeu Erick. O episódio criou rusgas entre deputados e Casagrande, que criticou a medida. Dias depois, após pressão de entidades da sociedade civil e ações judiciais, Erick Musso recuou e cancelou a eleição.
Caso se confirme a reeleição, Erick vai iniciar o 3º mandato consecutivo no cargo, que ocupa desde 2017.
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