Uma nova disputa deve mobilizar os deputados estaduais nos próximos dias: a eleição para a composição das comissões permanentes da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), marcada para a próxima terça-feira (7). Ao todo, são 16 comissões permanentes, das quais as mais cobiçadas são as de Constituição e Justiça e de Finanças.
Os deputados foram apontando suas pretensões ao longo das discussões que resultaram na eleição de Marcelo Santos (Podemos) para presidir a Casa em chapa única. Mas um grande bloco foi formado e protocolado na Casa pelo líder do governo na Assembleia, Dary Pagung (PSB), logo após a eleição do novo presidente.
Porém, antes que ele confirmasse o blocão que reuniria os 30 parlamentares, o deputado Hudson Leal (Republicanos), eleito 1° vice-presidente da Mesa Diretora e um dos integrantes do grupo que apoiava o deputado Vandinho Leite (PSDB) antes de ele recuar da disputa, comunicou a formação de um bloco parlamentar formado por Republicanos, PL e PTB. O grupo soma 10 deputados — cinco do PL, quatro do Republicanos e um do PTB.
Mesmo parlamentares que votaram contra a eleição de Marcelo Santos, como a deputada Camila Valadão (Psol), assinaram o bloco apresentado por Pagung. Segundo o novo presidente da Casa, todos os demais partidos estão no bloco.
Com isso, novas conversas devem ser feitas entre os deputados a partir desta quinta-feira (2), a fim de identificar o perfil de cada um e definir os espaços nas comissões considerando os dois blocos protocolados.
As comissões de Constituição e Justiça e de Finanças são as que despertam maior interesse dos parlamentares porque são consultadas em todos os projetos que passam pela Casa. As demais se manifestam somente quando a matéria é relacionada ao tema da comissão.
A disputa pela Comissão de Finanças deve ser ainda maior já que os cargos de presidente e vice-presidente na legislatura anterior eram ocupados, respectivamente, pelo ex-deputado Freitas (PSB), que não se reelegeu, e por Marcelo Santos, que por assumir a presidência da Casa não pode ocupar espaço nas comissões.
O deputado Fabrício Gandini (Cidadania), que acabou ficando sem espaço na Mesa Diretora, não quis revelar se vai pleitear a permanência à frente da Comissão de Constituição e Justiça, a qual presidiu nos últimos anos.
Outras comissões que geram interesse dos parlamentares são as de Segurança, de Saúde, de Educação, de Agricultura e de Infraestrutura, conforme as bandeiras que cada um defende ou pretende priorizar ao longo do mandato.
Entre os que já revelaram suas pretensões estão o deputado Danilo Bahiense (PL), que quer comandar a Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado, e a deputada Camila Valadão (Psol), que pleiteou a Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Mesmo havendo dois blocos parlamentares, o presidente da Casa garantiu que isso não deve mudar os rumos das negociações para composição das comissões. "Já tivemos muito conflito no passado, mas hoje não temos conflito na composição das comissões. O que foi feito hoje (protocolo do bloco de PL, Republicanos e PTB) não atrapalha em nada na composição que nós estamos fazendo", assegurou o novo presidente da Assembleia.
De acordo com o Regimento Interno da Casa, a composição das comissões deve seguir a proporcionalidade dos partidos ou blocos parlamentares.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta