O presidente Jair Bolsonaro (PSL) negou nesta nesta terça-feira (27) ter ofendido a primeira-dama da França, Brigitte Macron, ao comentar uma postagem em uma rede social na qual um usuário comparava imagens dela e da primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro.
Questionado se pediria desculpas a Brigitte, após a zombaria com a aparência dela, Bolsonaro disse que não a ofendeu e, irritado com a insistência dos repórteres, encerrou a entrevista, acrescentando que os jornalistas "não merecem a consideração".
"Não queiram levar para esse lado, que a questão pessoal e familiar eu não me meto. Eu sei porque falei para o cara não entrar nessa área. Se continuar pergunta nesse padrão, vai acabar a entrevista, vai acabar a entrevista", repetiu. "Realmente o jornalismo, vocês não merecem a consideração", disse Bolsonaro, abandonando a entrevista.
NO FACEBOOK
No final de semana, ao comentar uma publicação do presidente brasileiro em sua página no Facebook, o seguidor Rodrigo Andreaça escreveu: "É inveja presidente do Macron pode crê (sic)".
A mensagem foi publicada junto a uma imagem, na qual se vê uma foto de Bolsonaro e de sua esposa, Michelle Bolsonaro, abaixo de um retrato de Macron e de sua mulher, Brigitte.
O perfil de Bolsonaro respondeu a Andreaça: "Não humilha, cara. Kkkkkkk", endossando que as recentes críticas de Macron ao presidente brasileiro seriam motivadas por inveja da esposa do brasileiro.
Bolsonaro e Macron têm protagonizado uma troca de críticas na questão da preservação da Amazônia, que geraram uma das maiores crises diplomáticas entre Brasil e França.
Na segunda-feira (26), Macron respondeu ao comentário de Bolsonaro. "Penso que as mulheres brasileiras sentem vergonha ao ler isso, vindo de seu presidente, além das pessoas que esperam que ele represente bem seu país", afirmou o líder europeu, classificando as palavras do brasileiro sobre sua esposa como "extremamente desrespeitosas".
"Como tenho uma grande amizade e respeito pelo povo brasileiro, espero que tenham logo um presidente que se comporte à altura [do cargo]", disse Macron.
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