De cima de um trio na praça da Igreja Matriz, em Serra Sede, Sergio Vidigal (PDT) fez seu primeiro discurso como prefeito eleito do município. A comemoração após a vitória nas urnas levou centenas de pessoas ao local. Deputado federal e ex-prefeito da Serra, o pedetista disse que em sua gestão trabalhará para os mais pobres e que vai acabar com a "perseguição política" que ele afirma haver na atual administração do prefeito Audifax Barcelos (Rede), com quem se alterna no poder desde 1997. Vidigal prometeu que este será seu último mandato e quer encerrar seu ciclo com a prefeitura da cidade.
"A Serra não é para a elite, não. A Serra é para todos. Não foi fácil ficar oito anos vendo eles desonrarem minha família. Pessoas que um dia eu dividi o pão na minha mesa. Chega de ódio nesta cidade. Não vamos hostilizar ninguém. Será a Serra da paz. Não queremos mais dividir, vamos unir as forças políticas", afirmou Vidigal, que conquistou 111.920 votos.
Sobre os primeiros atos como prefeito, Vidigal anunciou que fará uma auditoria para saber a condição financeira em que se encontra a cidade e destacou que a pandemia trará o desafio de "governar dois anos com o orçamento de um ano só". Ele contou que vai montar sua equipe de transição nos próximos dias e, apesar da rivalidade entre ele e o atual prefeito, vai buscar o diálogo com a gestão do redista.
"A pandemia não acabou. O desemprego ainda não acabou. Será um ano difícil, mas vamos governar para os mais pobres, não faremos um governo só para os mais ricos como o atual prefeito, que pavimenta as principais ruas e deixa o interior dos bairros sem infraestrutura. Quero rediscutir a administração do Hospital Materno-Infantil que foi entregue ao governo do Estado. Queremos que ele seja municipal. Vamos aumentar o efetivo da Guarda Municipal e vamos fazer a escola em tempo integral funcionar nesta cidade. Quero colocar em prática o sistema de marcação on-line de consultas, chega de os mais pobres irem de madrugada para a fila pegar senha para conseguir atendimento", falou.
Sergio Vidigal recebeu o apoio de 111.920 eleitores (54,90% dos votos válidos), contra os 91.931 (45,10%) obtidos por seu adversário, o vereador Fabio Duarte (Rede), candidato da situação.
Eu diria que a abstenção no segundo turno se justifica porque não tem eleição de vereador como teve no primeiro turno. A outra razão é o desestímulo da população, é a falta de acreditar na classe política. É um desafio nosso que teremos de assumir na gestão e buscar a credibilidade da população junto à classe política.
Vamos montar uma equipe de transição agora. Assumir uma proposta para a cidade com base em uma auditoria que vamos fazer da atual situação.
A nossa equipe vai ter diálogo com a prefeitura. Lógico, você não tem como construir uma proposta sem ouvir o município. A nossa equipe vai buscar, sim, o diálogo com a prefeitura para ter elementos suficientes para que possamos trabalhar as propostas de governo. Ao assumir faremos uma ruptura da gestão.
Vivemos uma democracia. No segundo turno se polariza uma eleição, isso é natural e eu vou respeitar aqueles que escolheram o outro candidato, eu vou governar para todos.
Vamos reduzir. Vamos reestruturar a administração, reduzir a estrutura da prefeitura e reduzir os cargos comissionados da Serra.
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