Em 10 de agosto de 2018, o então governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (sem partido), seguia para um festival de cinema em Domingos Martins quando o helicóptero da Polícia Militar que o transportava atingiu uma trave e caiu sobre um campo de futebol durante o procedimento de pouso.
Passado pouco mais de um ano do acidente, que teve repercussão nacional, o governo já possui um novo helicóptero e os pilotos que comandavam a antiga aeronave exercem suas atividades normalmente.
Já a investigação do caso, que foi iniciada por peritos dois dias após a queda do helicóptero, ainda não foi finalizada.
No momento do acidente, o ex-governador estava acompanhado de sua esposa, Cristina Gomes, e de dois pilotos. Nenhum dos tripulantes sofreu ferimentos graves. Apenas Cristina sofreu uma luxação no pé.
Já o helicóptero (um Harpia 05, modelo Helibrás AS-350B2) teve perda total e não pôde mais ser utilizado.
Por isso, de acordo com a Casa Militar, ele foi substituído por uma versão mais nova da mesma fabricante, já que o modelo antigo não é mais comercializado. O equipamento foi adquirido pelo valor de R$ 14,17 milhões.
A Casa Militar também informou que a capitã Maria Elizabeth Bergamin, que pilotava o helicóptero, e o capitão Vargas, que era seu copiloto, cumpriram todas as exigências e receberam seus Certificados Médicos Aeronáuticos (CMA), que permitiram o retorno ao trabalho.
Os dois haviam tido suas habilitações suspensas por tempo indeterminado, um procedimento comum no caso de acidentes graves envolvendo pilotos militares. A reabilitação dos profissionais inclui a realização de testes físicos e psicológicos, além de uma reciclagem de voo.
A investigação das causas do acidente, no entanto, permanece em andamento no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Na época, o major Paolo Quintino de Lima, que chefiava a Seção de Segurança Operacional da Secretaria da Casa Militar e do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Noater), informou que o helicóptero decolou às 16h18 daquela sexta-feira da Residência Oficial do governador na Praia da Costa, em Vila Velha, com destino à Fazenda do Estado, que fica no limite entre Venda Nova do Imigrante e Domingos Martins.
Já as 16h45, ao se aproximar do pouso, a aeronave se desgovernou e um de seus rotores - componente básico da aeronave destinado a prover a sustentação necessária ao voo - colidiu com o solo.
O Cenipa não estabelece uma prazo para a conclusão das investigações, mas afirma que seu objetivo é prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.
A necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes garante a liberdade de tempo para a investigação. A conclusão de qualquer investigação conduzida pelo Cenipa terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade do acidente, informou por nota o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.
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