Na última entrevista da série conduzida pelo G1ES com candidatos ao governo do Espírito Santo, Aridelmo Teixeira (Novo) falou, nesta sexta-feira (26), sobre algumas de suas propostas. O enfoque da sua administração, caso seja eleito, será a educação - inclusive com investimentos voltados ao ensino infantil (de zero a cinco anos), que não é atribuição do Estado, mas das prefeituras. Ele também promete doar o salário de governador para organizações sociais.
A inspiração para a doação surgiu da experiência do colega de partido, Romeu Zema. Empresário, como Aridelmo, ele tomou a iniciativa ao assumir o governo de Minas Gerais. "Ele colocou o seu conhecimento de gestão privada a serviço do público, pegou o salário dele e entregou para organizações sociais porque ele não precisa do salário."
O candidato diz que, na iniciativa privada, o sucesso decorre de identificar problemas reais e apresentar soluções eficientes, e é essa experiência que pretende levar para a gestão pública, quebrando, segundo ele, um círculo vicioso da política capixaba com inovação e geração de emprego e renda para a sociedade.
FUNDO SOBERANO
Uma das propostas de Aridelmo prevê a mudança do Fundo Soberano, criado pela atual gestão com recursos dos royalties de petróleo e que é uma espécie de poupança que pode ser aplicada para investir em empresas com projetos no Espírito Santo. O candidato diz que pretende substituí-lo por um Fundo Social.
"Para quem é o fundo soberano? É para empresário. Quem vai pegar o dinheiro? É o empresário. Temos 167 mil crianças de zero a cinco anos passando fome. Vai investir em qual futuro, do empresário ou das nossas crianças? Se queremos um Estado mais pacífico, desenvolvido, um dos primeiros problemas que temos que erradicar é bebê passando fome porque (nessa condição) compromete o desenvolvimento cognitivo dessa criança", argumenta.
EDUCAÇÃO
Aridelmo Teixeira também diz que pretende mudar a curva da educação no Espírito Santo. Ele afirma que, das crianças que entram na educação básica no Estado (primeiro ano do ensino fundamental), apenas 65% concluem o ensino médio. E, entre esse grupo que consegue concluir os estudos, somente 11% são alfabetizados em matemática elementar e, menos da metade, em língua portuguesa.
Para corrigir essa distorção, aponta o candidato, é necessário investir na educação infantil. Como essa é atribuição dos municípios, a sua ideia é fazer parceria com as prefeituras, inclusive contratando vagas na iniciativa privada, para ofertar tempo integral a 100% das crianças de zero a cinco anos que constam do CadÚnico.
"Não dá para esperar chegar ao ensino médio para consertar."
INTEGRAÇÃO DAS POLÍCIAS
No plano de governo de Aridelmo, há previsão de integrar as polícias Civil, Militar, Corpo de Bombeiros e Detran. Mas é uma integração de processos, com uma base de dados única, para favorecer o enfrentamento da criminalidade. "É integrar, não com pessoas, mas com processos. O nosso não é eletrônico. Estamos muito atrasados tecnologicamente."
Nesta sexta-feira também foram entrevistados pelo G1ES os candidatos Cláudio Paiva (PRTB) e Capitão Vinicius Sousa (PSTU), encerrando a semana com todos os que disputam o cargo de governador do Estado.
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